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Destruição da Amazónia brasileira regista queda de 29,7% em fevereiro

A área desflorestada na Amazónia brasileira caiu 29,7% em fevereiro face ao mesmo mês do ano passado, segundo dados do sistema de alerta de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Destruição da Amazónia brasileira regista queda de 29,7% em fevereiro
Notícias ao Minuto

16:33 - 08/03/24 por Lusa

Mundo Amazónia

O órgão estatal que mapeia a desflorestação na Amazónia brasileira, usando satélites, informou que a floresta perdeu 226,3 quilómetros de cobertura vegetal em fevereiro, quase 100 quilómetros a menos que no mesmo mês de 2023 (322 quilómetros quadrados).

No Cerrado, bioma brasileiro que ocupa grande parte da região central e que comporta oito das 12 principais bacias hidrográficas do país, houve um crescimento de 18,5% na destruição vegetal.

Em fevereiro passado foram desflorestados 655,5 quilómetros de Cerrado face aos 553,1 quilómetros desflorestados no mesmo mês em 2023.

Num comunicado, a organização não-governamental WWF-Brasil destacou que os dados do INPE de agosto de 2023 a fevereiro de 2024 indicam que a Amazónia brasileira registou 2.350 quilómetros sob alerta de desflorestação, uma queda de 56% face ao mesmo período do ano anterior.

Já no Cerrado, foram detetados 3.798 quilómetros quadrados de vegetação nativa perdida entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024, um crescimento de 63%.

"Temos acompanhado com grande preocupação as tendências divergentes de desflorestação entre a Amazónia e o Cerrado. Pela fragilidade da legislação e dinâmica dos arranjos produtivos, o Cerrado tem sofrido perdas que dificilmente serão revertidas", afirmou Mariana Napolitano, diretora de estratégia do WWF-Brasil.

"O bioma é rico em espécies endémicas, relevante pela quantidade de bacias hidrográficas e único pela diversidade de povos e tradições", acrescentou.

A ONG lembrou que no Cerrado o código florestal é mais permissível que na Amazónia, por isso uma parte significativa da destruição tem autorizações legais fornecidas por governos municipais e estaduais.

"A desflorestação do Cerrado contribui para o agravamento da crise climática que já nos afeta diretamente com o regime irregular de chuvas, secas históricas, ondas de calor extremas e enchentes. Importante salientar que sem Cerrado não existe Amazónia, o desequilíbrio de uma área certamente afetará os serviços ambientais de outra", concluiu a diretora de estratégia do WWF-Brasil.

Leia Também: Desflorestação na Amazónia brasileira caiu 60% em janeiro

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