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António Guterres lamenta "epidemia de violência" contra as mulheres

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, lamentou hoje a "persistente epidemia" de violência contra as mulheres que "desgraça a humanidade", frisando que o mundo de hoje ainda reflete milénios de relações de poder dominadas pelos homens.

António Guterres lamenta "epidemia de violência" contra as mulheres
Notícias ao Minuto

20:56 - 07/03/24 por Lusa

Mundo António Guterres

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março, Guterres divulgou uma mensagem em que aplaudiu os avanços conquistados por mulheres e raparigas na luta pela igualdade, na qual "demoliram barreiras, desmantelaram estereótipos e impulsionaram o progresso rumo a um mundo mais justo e igualitário", mas salientou que ainda continuam a enfrentar "obstáculos imensos".

"Milhares de milhões de mulheres e meninas enfrentam marginalização, injustiça e discriminação, enquanto a persistente epidemia de violência contra as mulheres desgraça a humanidade. (...) E o progresso está sob ataque, com uma reação feroz contra os direitos das mulheres", advogou o ex-primeiro-ministro português.

Ao ritmo atual, observou Guterres, a igualdade jurídica entre homens e mulheres está ainda a cerca de 300 anos de distância, apelando ao aceleramento do progresso e a um maior investimento nas mulheres.

"Lembremo-nos que acabar com o patriarcado exige dinheiro na mesa. Devemos apoiar as organizações de mulheres na linha da frente. E devemos investir em programas para acabar com a violência contra as mulheres e impulsionar a inclusão e a liderança das mulheres nas economias, nas tecnologias digitais, na construção da paz e na ação climática", indicou.

Guterres frisou ainda que os direitos das mulheres são um caminho comprovado para sociedades justas, pacíficas e prósperas, algo que "é bom para todos nós".

De acordo com a agência ONU Mulheres, são necessários mais 360 mil milhões de dólares (328,8 mil milhões de euros) por ano para alcançar a igualdade de género.

Se as tendências atuais se mantiverem, mais de 342 milhões de mulheres e raparigas poderão viver em pobreza extrema até 2030. 

A agência sustentou que investir nas mulheres é a melhor forma de acelerar o crescimento económico e construir sociedades mais prósperas e equitativas, especialmente num momento em que guerras e crises "estão a corroer as conquistas de décadas de investimentos na igualdade de género".

"Do Médio Oriente ao Haiti, Sudão, Mianmar, Ucrânia, Afeganistão e outros lugares, as mulheres pagam o preço mais elevado por conflitos que não são da sua responsabilidade. A necessidade de paz nunca foi tão urgente", garantiu a ONU Mulheres em comunicado.

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