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Hamas nega acusações da ONU de crimes sexuais contra mulheres

O Hamas negou hoje ter cometido crimes de violência e abuso sexual contra mulheres durante os ataques de 07 de outubro em Israel, denunciados num relatório da ONU.

Hamas nega acusações da ONU de crimes sexuais contra mulheres
Notícias ao Minuto

12:58 - 05/03/24 por Lusa

Mundo Israel

"Rejeitamos veementemente o relatório emitido pela funcionária da ONU Patten", afirmou a organização islamita palestiniana num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

No relatório, a representante especial da ONU para a violência sexual em conflitos, Pramila Patten, disse que há "motivos razoáveis" para acreditar que o Hamas cometeu violações, "tortura sexual" e outros tratamentos cruéis e desumanos contra mulheres.

Há também "motivos razoáveis para acreditar que essa violência ainda pode estar em curso", segundo Patten, que visitou Israel e a Cisjordânia de 29 de janeiro a 14 de fevereiro com uma equipa de nove elementos.

No relatório divulgado na segunda-feira, a missão da ONU reconheceu a incapacidade de entrevistar vítimas porque o Governo israelita alegou que muitas delas ainda estavam traumatizadas e a receber tratamento.

"O seu [Patten] relatório, que não fornece qualquer testemunho, baseia-se em instituições israelitas, soldados e testemunhas escolhidos pelas autoridades de ocupação para provar esta falsa acusação", denunciou o Hamas.

Segundo o grupo extremista, o relatório da ONU "surge após tentativas falhadas dos sionistas de provar estas alegações sem fundamento".

O Hamas disse também que Israel tentou encobrir um relatório da ONU "com provas conclusivas de que houve claras violações dos direitos humanos contra mulheres e raparigas palestinianas por parte dos soldados sionistas".

Alegou ainda que algumas das mulheres libertadas durante a trégua observada em novembro passado afirmaram terem sido bem tratadas durante o cativeiro na Faixa de Gaza.

Em janeiro, mulheres israelitas libertadas pelo Hamas disseram a uma comissão do parlamento de Israel que as reféns que ainda se encontravam em Gaza tinham sido abusadas sexualmente por elementos do grupo islamita palestiniano.

Na sequência das conclusões da missão da ONU, o Presidente israelita, Isaac Herzog, apelou hoje à comunidade internacional para que "condene e puna firmemente" os crimes de violência sexual atribuídos ao Hamas.

"O Hamas e os seus aliados estão a tentar desacreditar o relatório, para escapar a esta horrível vergonha. Não o conseguirão, pois os testemunhos são verdadeiramente chocantes", afirmou Herzog.

Em 07 de outubro, o Hamas atacou Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a infiltração simultânea de cerca de 3.000 milicianos que mataram cerca de 1.200 pessoas em cidades perto da Faixa de Gaza.

Os atacantes também raptaram mais de duas centenas de pessoas, das quais cerca de 100 ainda estão vivas no enclave palestiniano, segundo as autoridades israelitas.

O ataque sem precedentes desencadeou a guerra atual, que em cinco meses provocou mais de 30.500 mortos em Gaza, maioritariamente civis, segundo as autoridades de saúde do enclave controlado pelo Hamas.

O grupo palestiniano é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Leia Também: Hamas e Israel alcançam acordo em "pontos básicos" para trégua de 40 dias

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