"Um menino palestiniano de 10 anos foi assassinado a tiro e outros dois foram feridos durante uma incursão militar israelita na aldeia de Burin, no sul da região de Nablus", no norte da Cisjordânia, informou a agência noticiosa palestiniana Wafa, citabdo fontes do setor de segurança.
A vítima foi identificada como Amr Muhammad Najjar, de 10 anos. Segundo a Wafa, morreu "depois de ter sido gravemente ferido na cabeça por balas da [força de] ocupação".
Inquirido pela Efe, o exército israelita confirmou uma operação "antiterrorista" em Burin, onde disse que "vários suspeitos atiraram pedras aos soldados, que responderam com tiros".
Por outro lado, Mustafa Abu Shalbak, de 16 anos, morreu atingido por tiros no peito e pescoço, quando os militares israelitas faziam uma operação no campo de refugiados Al Amari, nas proximidades de Ramallah, informou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
O exército confirmou à Efe esta operação militar, que durou seis horas, na qual os soldados detiveram dois palestinianos que eram procurados e confiscaram "material de iniciação" difundido pelo Hamas.
"Durante a operação ocorreu um motim violento, em que os suspeitos lançaram pedras e cocktails Molotov às forças israelitas, que responderam com tiros", disse um porta-voz militar.
A Cisjordânia ocupada está a vier a sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005). Desde o início de 2024, pelo menos 90 palestinianos foram mortos pelos israelitas, entre os quais pelo menos 22 menores, segundo um levantamento feito pela Efe, depois de fechar 2023 como o ano mais letal em duas décadas, com mais de 520 mortos.
No lado israelita, nove israelitas foram mortos em ataques palestinianos, além de um soldado durante uma operação em Jenin.
Os militares israelitas intensificaram as já frequentes incursões na Cisjordânia depois do ataque do Hamas, em 07 de outubro de 2023, em paralelo com a guerra que conduz na Faixa de Gaza. Desde então, já foram mortos pelo menos 420 palestinianos na Cisjordânia, em confrontos com colonos ou militares israelitas, incluindo 120 crianças.
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