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Conservador Alexander Stubb toma posse como 13.º presidente finlandês

O conservador Alexander Stubb tomou hoje posse como o 13.º Presidente da Finlândia, no Parlamento, onde apelou a "não desesperar" num "mundo em caos" e defendeu que o país aderiu à "comunidade ocidental de valores" ao juntar-se à NATO.

Conservador Alexander Stubb toma posse como 13.º presidente finlandês
Notícias ao Minuto

13:09 - 01/03/24 por Lusa

Mundo Finlândia

No seu discurso, centrado nos desafios de segurança que se colocam num "mundo em caos", Stubb apelou a "não desesperar", argumentando que "o medo é o pior guia possível para a política externa", de acordo com a emissora estatal Yle, citado pela agência Europa Press.

O novo chefe de Estado referiu-se à adesão à NATO, em abril do ano passado, após décadas de não-alinhamento, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

"Como resultado de nos aliarmos militarmente e aderirmos à NATO, demos o passo final para a comunidade ocidental de valores", à qual a Finlândia pertenceu "em espírito ao longo da sua independência", considerou.

O país tem a fronteira terrestre mais longa da aliança militar com a Rússia - 1.340 quilómetros - e é um dos fornecedores europeus mais ativos de ajuda militar e civil à Ucrânia.

"Assistiremos à regionalização do poder e a alianças profanas", advertiu Stubb, acrescentando: "Por outras palavras, uma espécie de mundo à la carte, onde os aliados são escolhidos a dedo. Temos de nos manter alerta".

Stubb foi eleito chefe de Estado numa vitória apertada, com 51% dos votos, na segunda volta, a 11 de fevereiro, contra o candidato independente e antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Pekka Haavisto (Verdes, esquerda).

Ocupou vários cargos governamentais, incluindo as pastas dos Negócios Estrangeiros e das Finanças, e liderou o Governo finlandês em 2014-2015. Também foi vice-presidente do Banco Europeu de Investimento e, mais recentemente, era professor no Instituto Universitário Europeu de Florença, em Itália.

Stubb foi acompanhado pelo seu antecessor, o também conservador Sauli Niinistö -- que cumpriu dois mandatos presidenciais -, que enumerou a guerra, as alterações climáticas e as questões de segurança como os principais desafios da Finlândia para os próximos anos.

"A Finlândia sempre trabalhou em equipa", sublinhou Niinistö, acrescentando que é necessário que esta dinâmica se mantenha tanto na União Europeia como na NATO, cuja adesão em abril de 2023 marca este caminho de cooperação, disse.

Niinistö disse num discurso que "há preocupação com o futuro da NATO" e referiu-se a um comentário do antigo presidente dos EUA, Donald Trump, o principal candidato à nomeação do Partido Republicano este ano, que recentemente avisou que "encorajaria" a Rússia a "fazer o que raio quisesse" aos países da aliança que não gastassem o suficiente em defesa.

"O comentário 'eles têm de pagar as suas contas' foi provavelmente redigido para uso doméstico", disse Niinistö.

"É mais do que tempo de despertarmos para garantir o estado de paz, por outras palavras, de nos fortalecermos", avisou.

Dirigindo-se a Stubb, Niinistö desejou-lhe "força e sabedoria nestes tempos imprevisíveis".

Stubb e Niinistö chegaram juntos, de chapéu alto, à Assembleia Legislativa de Eduskunta, com 200 lugares. Stubb fez o seu juramento em finlandês e sueco, as duas línguas oficiais da Finlândia, tornando-se o 13.º presidente do país desde a sua independência do império russo em 1917.

O Presidente da Finlândia, uma nação com 5,6 milhões de habitantes, tem o poder executivo de formular a política externa e de segurança juntamente com o Governo e também comanda as forças armadas.

O chefe de Estado deve manter-se à margem da política quotidiana e não se envolver em disputas políticas internas, atuando como líder moral da nação. Cabe-lhe ainda a nomeação do primeiro-ministro e dos membros do Governo.

Leia Também: Finlândia. Ex-primeiro-ministro e ex-MNE na 2.ª volta das presidenciais

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