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Novos deputados do parlamento do Paquistão prestaram juramento

A Assembleia Nacional do Paquistão empossou os membros eleitos, num cenário caótico, enquanto os aliados do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que se encontra preso, protestaram contra o que afirmam ter sido eleição fraudulenta.

Notícias ao Minuto

08:50 - 29/02/24 por Lusa

Mundo Paquistão

Os deputados do partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), de Khan, gritaram repetidamente "Ladrão de votos!", enquanto Shehbaz Sharif, que deve formar o governo, entrava na Câmara Baixa do Parlamento na companhia do irmão, Nawaz Sharif.

Ambos já ocuparam no passado o cargo de primeiro-ministro do Paquistão.

Os novos deputados prestaram juramento perante o presidente cessante da Assembleia Nacional, Raja Pervez Ashraf.

A sala ecoou com cânticos de "Viva Sharif!" quando os irmãos assinaram o registo após terem prestado juramento.

Bilawal Bhutto Zardari, o jovem presidente do Partido Popular do Paquistão e um dos principais aliados de Sharif, foi igualmente recebido com cânticos de louvor.

O novo governo enfrenta desafios como o aumento dos ataques de grupos armados e a escassez de energia, bem como uma economia em dificuldades que vai obrigar o Paquistão a pedir um novo resgate ao Fundo Monetário Internacional.

Os deputados do PTI de Khan disseram aos jornalistas que vão continuar a campanha contra a manipulação das eleições "dentro e fora" do Parlamento.

"Sim, as eleições foram manipuladas", disse Gohar Ali Khan, o atual líder do PTI.

O partido alega que os resultados foram alterados em dezenas de círculos eleitorais para impedir ao PTI alcançar a maioria, uma acusação que a Comissão Eleitoral do Paquistão nega.

Após as eleições de 08 de fevereiro, os observadores da Commonwealth elogiaram as autoridades eleitorais por terem realizado a votação apesar dos múltiplos ataques, mas o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que a votação decorreu sob restrições das liberdades de expressão, associação e reunião pacífica.

A União Europeia também criticou a impossibilidade de alguns políticos concorrerem às eleições.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão negou as críticas, afirmando que a votação decorreu de forma livre, justa e transparente.

O partido de Sharif, a Liga Muçulmana do Paquistão, ou PML-N, e o Partido Popular do Paquistão, do antigo Presidente Asif Ali Zardari, emergiram da votação como a maior presença na Assembleia Nacional, composta por 336 lugares.

De acordo com uma fórmula de partilha do poder, o partido de Sharif vai apoiar Zardari nas eleições presidenciais do próximo mês.

O presidente cessante, Arif Alvi, é um aliado de Khan e foi membro do PTI.

Khan está atualmente a cumprir penas de prisão correspondentes a vários processos e foi impedido de exercer funções políticas.

Leia Também: Governo do Paquistão rejeita atraso nos resultados das eleições gerais

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