Libertado jornalista condenado por organizar protestos na Guiné-Conacri
O jornalista e secretário-geral do Sindicato dos Profissionais da Imprensa na Guiné-Conacri, condenado por organizar protestos, foi libertado hoje, após mais de um mês preso, no terceiro dia de uma greve geral exigindo a sua libertação.
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Mundo Guiné-Conacri
Sekou Jamal Pendessa, secretário-geral do Sindicato dos Profissionais de Imprensa da Guiné (SPPG), detido há mais de um mês, foi libertado pelo tribunal de Conacri onde tinha sido condenado, em segunda instância, a um mês de prisão, constatou um jornalista da France-Presse.
A sua libertação era uma das principais reivindicações dos grevistas.
O tribunal da Guiné-Conacri condenou inicialmente o jornalista a seis meses de prisão, por um crime de ameaça à ordem pública, depois de ele ter organizado uma marcha para denunciar o aumento da repressão e da censura no país.
O seu advogado, Salifou Béavogui, recorreu da sentença, que foi posteriormente reduzida.
Uma dezena de jornalistas foram detidos em outubro de 2023 durante uma marcha na capital guineense, Conacri, durante a qual as forças de segurança dispararam gás lacrimogéneo, exigindo à junta militar liderada por Mamady Doumbouya liberdade de imprensa no país.
Na altura, Béavogui afirmou que tinham sido detidos "por participação criminosa numa reunião pública".
"A acusação é infundada, uma vez que estamos num Estado de direito e o direito de manifestação está consagrado na própria carta de transição", afirmou.
O Comité Nacional para a Reconciliação e o Desenvolvimento (CNRD) - nome oficial da junta - foi formado após o golpe de Estado de setembro de 2022 contra o então Presidente, Alpha Condé, na sequência de meses de crise política devido à sua decisão de alterar a Constituição para se candidatar a um terceiro mandato.
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