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Von der Leyen quer usar "ativos russos" para dar ajuda militar à Ucrânia

A líder europeia acautelou que a ameaça de guerra para a União Europeia "pode não ser iminente, mas não é impossível".

Von der Leyen quer usar "ativos russos" para dar ajuda militar à Ucrânia
Notícias ao Minuto

10:28 - 28/02/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen propôs esta quarta-feira a possibilidade de utilização dos lucros russos congelados para comprar material militar para as forças armadas da Ucrânia.

"É altura de iniciar uma conversa sobre a utilização dos lucros inesperados dos ativos russos congelados para a compra conjunta de equipamento militar para a Ucrânia", afirmou Von der Leyen, citada pela agência Reuters, num discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

"Não poderia haver um símbolo mais forte e uma melhor utilização desse dinheiro do que fazer da Ucrânia e de toda a Europa um lugar mais seguro para viver", acrescentou a líder europeia, dando conta que a ameaça de guerra para a União Europeia (UE) "pode não ser iminente, mas não é impossível".

Von der Leyen destacou, durante a sua intervenção, que "os riscos de guerra não devem ser exagerados", contudo, "devem ser preparados", começando com "a necessidade urgente de reconstruir, reabastecer e modernizar as forças armadas dos Estados-Membros".

No seu discurso, Von der Leyen anteviu ainda a nova Estratégia Europeia de Defesa Industrial, cujo um dos seus principais objetivos será dar prioridade às aquisições conjuntas.

"A Europa deve esforçar-se por desenvolver e fabricar a próxima geração de capacidades operacionais de combate. Isto significa aumentar a nossa capacidade industrial de defesa nos próximos cinco anos. De facto, uma Europa mais soberana, em particular no que se refere à defesa, é vital para o reforço da NATO", salientou Von der Leyen.

De recordar que a guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais. Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Von der Leyen quer "decisões audazes e coragem política" para defender UE

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