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Milhares de democratas mudam filiação antes das primárias da Florida

Milhares de eleitores do Partido Democrata no sul da Florida decidiram mudar a sua filiação para o Partido Republicano antes das eleições primárias, com 4.100 pessoas a fazerem essa mudança no condado de Miami-Dade.

Milhares de democratas mudam filiação antes das primárias da Florida
Notícias ao Minuto

08:04 - 28/02/24 por Lusa

Mundo EUA/Eleições

No condado de Broward, a norte de Miami, foram registados 2.500 mudanças de filiação entre 01 de janeiro e 20 de fevereiro, revelou o supervisor das eleições deste condado, Joe Scott, de acordo com meios de comunicação locais.

Na Florida, as primárias de ambas as formações políticas são abertas apenas aos membros do partido, e os democratas deste Estado já escolheram o Presidente Joe Biden como vencedor.

Tudo indica que milhares de eleitores estão a mudar de filiação para terem uma palavra a dizer na corrida às primárias republicanas entre o favorito indiscutível, o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), e Nikki Haley, ex-governadora da Carolina do Sul e a única rival ainda na corrida.

Os analistas estão certos de que Biden, para os democratas, e Trump, para os republicanos, serão os vencedores das respetivas primárias.

Haley perdeu as primárias no seu Estado, a Carolina do Sul, para Trump, no último sábado.

Mas a candidata republicana obteve 40% dos votos, um número respeitável que lhe permitiu justificar a sua permanência nas primárias do seu partido.

As assembleias de voto no Michigan abriram as portas na madrugada de hoje para celebrar as primárias dos partidos Democrata e Republicano.

As eleições primárias no Michigan serão um primeiro teste ao impacto nos eleitores da posição do Presidente democrata Joe Biden sobre o conflito em Gaza.

Nos últimos meses, apoiantes democratas têm manifestado o seu descontentamento com o apoio de Biden ao que muitos consideram ser um "genocídio em Gaza", decorrente dos intensivos ataques israelitas no enclave.

Os consultores políticos de Biden estão particularmente preocupados com o efeito do apoio da Casa Branca a Israel nas zonas de subúrbio de cidades como Detroit, onde a causa pró-palestiniana é muito popular.

Mas, se esta posição de Biden pode afetar parcialmente a candidatura do Presidente nas primárias democratas, os assessores da Casa Branca estão bem mais preocupados com o impacto que esse descontentamento poderá ter quando se tratar da campanha para as presidenciais de novembro.

Do lado republicano, Trump sabe que não terá dificuldade em bater a sua única adversária ainda no terreno, a ex-embaixadora Nikke Haley, e já pensa apenas em provocar danos na candidatura democrata, aproveitando-se das primárias no Michigan para se afirmar como alternativa a Biden, incluindo em política externa.

Trump tem transmitido mensagens ambíguas sobre o conflito no Médio Oriente, mostrando-se solidário com Israel, mas garantido que lidaria com a guerra em Gaza de forma muito diferente da adotada por Biden.

Na campanha para as primárias do Michigan, contudo, Trump tem preferido atacar Biden nas matérias de migração, insistindo na sua tese de que a atual presidência não consegue travar o problema dos imigrantes ilegais, e nas questões económicas, acusando o Presidente em exercício por manter elevadas taxas fiscais.

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