CE espera resultados concretos de Cuba em matéria de direitos humanos
A Comissão Europeia (CE) acredita na obtenção de resultados concretos de Cuba em matéria de direitos humanos, cuja situação na ilha é motivo de preocupação para o executivo comunitário, realçou hoje a comissária europeia para as Parcerias Internacionais.
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"A União Europeia (UE) reitera a sua preocupação com a situação dos direitos humanos em Cuba", sublinhou Jutta Urpilainen, durante uma intervenção no Parlamento Europeu num debate sobre a situação no país das Caraíbas.
A comissária finlandesa, que participou na sessão plenária do Parlamento Europeu pelo alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, recordou a visita do diplomata espanhol em maio a Havana, para participar no terceiro Conselho Conjunto UE-Cuba, no âmbito no quadro do acordo político e de cooperação que rege as relações entre as duas partes.
Juntamente com o enviado especial da UE para os Direitos Humanos, Borrell reuniu-se então com as autoridades cubanas, bem como com vozes críticas da sociedade cubana, que "partilharam as suas preocupações e esperanças", observou Urpilainen.
"Transmitimos a sua mensagem às autoridades cubanas e esperamos resultados concretos", sublinhou a comissária.
No contexto da crise na ilha e também da instabilidade geopolítica global, a comissária sublinhou que os objetivos do acordo "continuam absolutamente relevantes" para fortalecer as relações e reformas bilaterais, acompanhar o processo de modernização económica e social de Cuba e promover os valores da UE e salvaguardar os seus interesses.
Ao mesmo tempo, a comissária instou o Governo de Havana a empreender urgentemente reformas económicas ousadas, que a UE garantiu estar disposta a acompanhar através da cooperação e também do programa comunitário de investimentos em infraestruturas críticas em países terceiros Global Gateway.
Jutta Urpilainen aludiu também ao apoio que a UE presta ao emergente setor privado cubano e destacou que, desde 2021, foram criadas mais de 10.000 PME no país, empreendimento que considerou necessário para o crescimento económico.
Por outro lado, sublinhou que existem outros fatores que agravaram a situação do país, como o embargo dos EUA e a inclusão do país na lista de estados patrocinadores do terrorismo, medidas que a UE rejeita.
Urpilainen destacou que a UE e Cuba defendem a nível internacional a necessidade de fortalecer o sistema multilateral e promover a associação estratégica entre o bloco comunitário e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas (Celac).
E apesar da sua própria análise e da proximidade histórica de Cuba com Moscovo, o país já se absteve em quatro votações diferentes na ONU sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia, sublinhou ainda.
O Parlamento Europeu deverá aprovar esta quinta-feira uma resolução sobre a situação em Cuba.
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