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Israel diz que Ramadão pode ser usado para iniciar "2.ª fase" dos ataques

O ministro da Defesa de Israel alertou hoje que o Irão, o Hamas e o Hezbollah podem aproveitar os feriados muçulmanos do Ramadão para iniciar uma "segunda fase" dos ataques lançados em 07 de outubro contra território israelita.

Israel diz que Ramadão pode ser usado para iniciar "2.ª fase" dos ataques
Notícias ao Minuto

21:52 - 27/02/24 por Lusa

Mundo Israel

"O principal objetivo do Hamas é usar o Ramadão, com destaque para o Monte do Templo e Jerusalém, e torná-lo a segunda fase do seu plano que começou em 07 de outubro", destacou Yoav Gallant durante uma avaliação do Comando Central das Forças Armadas de Israel.

Para o governante, o principal objetivo do Hamas está a ser "amplificado pelo Irão e pelo Hezbollah".

O responsável pela pasta da Defesa tem defendido não dar margem ao movimento islamita palestiniano.

"Não deveríamos dar ao Hamas o que não foi capaz de alcançar desde o início da guerra", frisou Gallant, de acordo com o jornal israelita 'The Times of Israel', citado pela agência Europa Press.

Em declarações interpretadas como direcionadas ao ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, de extrema-direita, o ministro da Defesa defendeu que devem ser evitadas "declarações irresponsáveis de pessoas que deveriam ser responsáveis", pois podem levar a uma escalada de acontecimentos em pouco tempo.

Ben Gvir, conhecido pelas suas declarações racistas e ultranacionalistas, tem defendido a imposição de restrições aos palestinianos na Cisjordânia e impedi-los de rezar na Esplanada das Mesquitas durante o Ramadão, o mês sagrado do Islão, e até proibir o acesso a árabes israelitas com menos de 70 anos.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 144.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 29.900 mortos, mais de 70.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 400 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.

Com a guerra em Gaza, o movimento xiita libanês Hezbollah aproveitou a oportunidade para lançar ataques contra o norte de Israel através da fronteira comum. O Exército Israelita respondeu a estes ataques.

Hamas e Hezbollah, bem como os Huthis do Iémen, são apoiados pelo Irão.

Leia Também: Israel expulsou 4.000 palestinianos na Cisjordânia e Jerusalém em 2023

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