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Macron anuncia investimento do Qatar de 10 mil milhões

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje ter assinado com o emir do Qatar, Tamim ben Hamad Al-Thani, um acordo que compromete o país a investir 10 mil milhões de euros na economia francesa até 2030.

Macron anuncia investimento do Qatar de 10 mil milhões
Notícias ao Minuto

21:30 - 27/02/24 por Lusa

Mundo Qatar

"Assinámos um ambicioso plano de investimentos de 10 mil milhões de euros", declarou Macron ao fazer um brinde, no início do jantar em honra do emir, em visita de Estado a França.

Tais investimentos serão realizados em setores como a transição energética, os semicondutores, a indústria aeroespacial, a inteligência artificial, o digital, a saúde e as indústrias culturais.

O emir do Qatar iniciou hoje uma visita de Estado de dois dias a França, centrada na libertação dos reféns em Gaza -- três dos quais são cidadãos franceses - e no relançamento do processo para a criação de um Estado palestiniano, bem como no reforço das relações bilaterais.

O Palácio do Eliseu (sede da Presidência da República francesa) sublinhou que esta primeira visita de Estado de um emir do Qatar em 15 anos - e a primeira de Tamim ben Hamad Al-Thani desde a sua subida ao trono, em 2013 - "é uma honra para França e ilustra a profundidade dos laços que unem os dois países".

O emir, cujo país desempenha um papel central nas negociações entre Israel e o Hamas para pôr fim à guerra em curso desde outubro do ano passado, e Macron reiteraram nas suas reuniões a intenção de alcançar "muito rapidamente um cessar-fogo" na Faixa de Gaza, indicou o Eliseu.

No final da reunião, os dois dirigentes assinaram uma declaração de intenções sobre a cooperação humanitária, que inclui um compromisso conjunto de destinar 200 milhões de euros aos palestinianos.

Acordaram igualmente enviar dois aviões com ajuda humanitária para a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza.

A 07 de outubro de 2023, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 144.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza cerca de 29.900 mortos, mais de 70.000 feridos e 8.000 desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome que já está a fazer vítimas, segundo a ONU.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, territórios ocupados pelo Estado judaico, mais de 400 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos, além de se terem registado mais de 3.000 feridos e 5.600 detenções.

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