Segundo o principal conselheiro do executivo municipal ucraniano de Mariupol no exílio, Petro Andriushchenko, parte destas tropas pertence a "novas divisões que estão em fase de formação e preparação", noticia a agência de notícias Ukrinform.
Andriushchenko referiu que as Forças Armadas russas poderão estar a juntar soldados em Mariupol e mais tarde destacá-los para linhas de batalha ativas, incluindo a cidade de Zaporijia, no sul do país.
A Ucrânia já referiu em ocasiões anteriores que a Rússia está a transformar Mariupol, cidade costeira junto ao Mar de Azov que foi conquistada pela Rússia em maio de 2022 e ficou praticamente destruída, numa espécie de centro logístico militar.
A partir de Mariupol, Moscovo pode direcionar as suas tropas para outras partes do território ucraniano onde as Forças Armadas ucranianas são "mais fracas", segundo Andriuschenko.
A cidade portuária de Mariupol tornou-se num dos principais teatros de guerra na Ucrânia logo após a invasão das forças russas, que mantêm o controlo da região sul da Ucrânia junto do Mar de Azov.
No segundo semestre do ano passado, a Ucrânia promoveu uma contraofensiva em grande escala que visava libertar território até ao Mar de Azov, mas encontrou uma forte resistência das linhas defensivas das forças russas e os ganhos territoriais foram modestos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Envio de tropas para a Ucrânia causaria "escalada do conflito"