Na Arábia Saudita, um dos temas abordados com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman será "o regresso dos prisioneiros de guerra e dos deportados", declarou Zelensky na rede social X.
"A liderança do Reino (da Arábia Saudita) já contribuiu para a libertação do nosso povo. Estou confiante de que esta reunião também produzirá resultados", referiu o dirigente ucraniano.
Outro tópico das conversações será a "fórmula de paz" proposta por Kiev para colocar fim à invasão russa.
"No ano passado, em Jidá, realizámos uma reunião eficaz de conselheiros para discutir a sua implementação. Aproximamo-nos agora da primeira cimeira da paz e contamos com o apoio ativo e contínuo da Arábia Saudita", afirmou o Presidente ucraniano.
"Discutiremos também sobre as áreas promissoras da cooperação económica e do envolvimento da Arábia Saudita na reconstrução da Ucrânia", acrescentou o chefe de Estado.
Em setembro de 2022, a Arábia Saudita desempenhou um papel inesperado como mediador que resultou na transferência para o país árabe de dez prisioneiros de guerra estrangeiros, incluindo dois norte-americanos e cinco britânicos que lutaram ao lado dos ucranianos.
Estas libertações foram realizadas no quadro de uma das maiores trocas entre Kiev e Moscovo desde o início da invasão russa, há dois anos. Mais de 200 prisioneiros ucranianos foram então libertados, incluindo líderes da defesa da cidade de Mariupol, um símbolo da resistência ucraniana.
A Arábia Saudita, em busca de influência global, também acolheu uma reunião sobre a Ucrânia em agosto de 2023. Representantes de cerca de quarenta países, com exceção da Rússia, reuniram-se em Jidá, à margem do Mar Vermelho, para discutir o plano de paz ucraniano.
Em maio do mesmo ano, o reino saudita também convidou Volodymyr Zelensky para uma cimeira da Liga Árabe, tendo o líder ucraniano aproveitado para acusar certos líderes da região de fecharem os olhos à invasão russa.
A Ucrânia, juntamente com os Estados Unidos, criticou Riade por fazer o jogo da Rússia, país sob sanções ocidentais, ao prosseguir com uma política petrolífera destinada a aumentar os preços do produto nos mercados mundiais.
O Qatar tem-se destacado como mediador humanitário entre Kiev e Moscovo, ajudando as crianças ucranianas a regressar da Rússia ou dos territórios ucranianos ocupados.
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