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Israel constrói vigilância junto à Esplanada das Mesquitas, diz Jordânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Jordânia denunciou hoje que Israel construiu uma torre de vigilância junto à Esplanada das Mesquitas, contra o estatuto histórico e jurídico de Jerusalém Oriental e em "violação flagrante" do Direito Internacional.

Israel constrói vigilância junto à Esplanada das Mesquitas, diz Jordânia
Notícias ao Minuto

22:46 - 26/02/24 por Lusa

Mundo Jordânia

Um porta-voz do ministério, Sufian al Qudá, sublinhou que a torre foi construída sobre a Escola Al Tanaksiya, que faz parte do complexo da Mesquita Al Aqsa e da Esplanada das Mesquitas, considerada Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), segundo a televisão jordana Roya.

Al Qudá instou a comunidade internacional a cumprir as suas obrigações e responsabilidades e a tomar as medidas necessárias para salvaguardar o património cultural da cidade, respeitando os acordos, resoluções e decisões da UNESCO.

A mesma fonte também alertou que esta ação representa um "sério risco" de alimentar a escalada e a violência com o seu "repetido desrespeito pelas normas jurídicas internacionais e restrições ao acesso dos fiéis à Mesquita de Al Aqsa e à Esplanada das Mesquitas", no âmbito da "ofensiva agressiva na Faixa de Gaza e a proximidade do mês sagrado do Ramadão".

A agência de notícias palestiniana WAFA tinha adiantado na noite de domingo que as tropas israelitas colocaram três cubos de cimento na parte ocidental da Mesquita de Al Aqsa e que foram montadas sobre estes torres de vigilância.

O estatuto da Esplanada das Mesquitas impede os judeus de aí rezarem e apenas os autoriza a visitá-la em horários predeterminados e a percorrer um percurso fixo, acompanhados por polícias que devem garantir que os fiéis não rezam nem empunham bandeiras israelitas ou objetos religiosos.

A Esplanada assenta, num dos seus lados, sobre o Muro das Lamentações, último vestígio do Templo judaico de Salomão, razão pela qual os muçulmanos temem que Israel procure destruir a Mesquita de al-Aqsa, o terceiro lugar mais sagrado do Islão, para construir um terceiro templo judaico em Jerusalém.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por ataques sem precedentes, em 07 de outubro, do movimento islamita palestiniano em território israelita, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já causou quase 30.000 mortos, de acordo o Hamas, que controla o território desde 2007.

Leia Também: Primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana apresenta demissão

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