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Ucrânia? Partido Comunista Chinês culpa defesa europeia pela guerra

Um jornal oficial do Partido Comunista da China (PCC) afirmou hoje que a guerra na Ucrânia é consequência do desequilíbrio na arquitetura de segurança europeia, que "não respeita" as "legítimas preocupações" de segurança da Rússia.

Ucrânia? Partido Comunista Chinês culpa defesa europeia pela guerra
Notícias ao Minuto

12:08 - 23/02/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Movidos por uma arrogância inerente, presunção e atitude egoísta, os Estados Unidos e o Ocidente promoveram a expansão da NATO para leste sem considerar as sensibilidades históricas e geográficas únicas da Rússia e da Ucrânia", acusou, em editorial, o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do PCC.

O jornal defendeu que o conflito era evitável e que "houve inúmeras oportunidades para atenuar ou mesmo resolver a crise que foram desperdiçadas".

"Isto acabou por conduzir a uma situação incontrolável", apontou.

A China recusou condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia e criticou a imposição de sanções contra Moscovo. O país asiático tem prestado importante apoio político, diplomático e económico ao país vizinho. O comércio bilateral registou, em 2023, um crescimento homólogo de 26,3%, para 240 mil milhões de dólares (223 mil milhões de euros).

Em dezembro passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, voltou a frisar que manter relações robustas com a Rússia é uma "escolha estratégica" da China, durante uma reunião com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishoustin, em Pequim.

Na véspera do segundo aniversário do início da guerra, o Global Times lamentou que os EUA e a Europa ainda estejam a ponderar a imposição de sanções adicionais à Rússia, e que não tenha sido encontrada forma de parar os combates.

"Lamentavelmente, apesar de dois anos de derramamento de sangue, as partes envolvidas continuam a não fazer uma introspeção suficiente", afirmou.

O jornal citou os princípios da Iniciativa para a Segurança Global, lançada por Xi Jinping, como potencial solução para o conflito.

Promovida por Pequim nos últimos anos, aquela iniciativa traduz o esforço da China para se aproximar do centro da governação das questões internacionais, através da construção de uma arquitetura diplomática e de segurança que substituía o sistema de tratados e alianças liderado pelos Estados Unidos.

"A Iniciativa salienta que as preocupações legítimas de segurança de qualquer país devem ser levadas a sério e devidamente abordadas, e não devem ser ignoradas ou sistematicamente violadas durante muito tempo", lê-se no editorial.

O Global Times acusou a "obsessão" e a busca pelos EUA e os seus aliados europeus por "políticas de grupo e confronto" por fazerem outros países sentirem-se "inseguros".

Isto reflete preocupações de Pequim com a formação de parcerias de Defesa que buscam conter a ascensão da China no leste da Ásia.

As reivindicações territoriais sobre Taiwan e o Mar do Sul da China suscitaram tensões entre Pequim e quase todos os países vizinhos, desde o Japão às Filipinas. A crescente assertividade da China no Indo-Pacífico levou já à formação de parcerias regionais lideradas por Washington, incluindo o grupo Quad ou o pacto de segurança AUKUS.

"A maior lição que o conflito Rússia - Ucrânia ensinou ao mundo é que a segurança deve ser partilhada, caso contrário, conduzirá inevitavelmente a dilemas de segurança intratáveis", afirmou o Global Times.

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