Biden diz que comentário de Trump sobre NATO é "perigoso e antiamericano"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou hoje o seu antecessor pelos comentários sobre a NATO, dizendo que colocar em causa o empenho dos EUA em defender os parceiros é "perigoso e antiamericano".

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© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
13/02/2024 21:02 ‧ 13/02/2024 por Lusa

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"O mundo inteiro ouviu e o pior é que ele quis mesmo dizer isso", criticou o chefe de Estado norte-americano, avisando que colocar dúvidas sobre o empenho dos EUA em defender os seus parceiros da NATO em caso de ataque, conforme consta dos estatutos da organização, é "perigoso e antiamericano".

Falando na Casa Branca para defender a aprovação de um novo pacote de ajuda à Ucrânia, Biden afirmou, citado pela agência de notícias AP: "Quando a América dá a sua palavra, isso quer dizer algo, ele não percebe que o sagrado compromisso que fizemos vincula-nos a todos".

No sábado, a poucos dias do segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia de Vladimir Putin, o republicano Donald Trump avisou os aliados da NATO que, se for reeleito Presidente dos Estados Unidos, encorajaria a Rússia a fazer o que entendesse com países com dívidas à organização.

Trump fez estas declarações enquanto intensificava os ataques à ajuda externa e às alianças internacionais de longa data, ao falar num comício na Carolina do Sul, onde relatou uma história que já antes contara sobre um membro da NATO não identificado que o terá confrontado sobre a ameaça de não defender os Estados que não cumprissem as metas de financiamento da Aliança Atlântica.

"Um dos presidentes de um grande país levantou-se e disse: Bem, senhor, se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, vai defender-nos?", relatou o ex-Presidente antes de revelar a resposta: "Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los a fazerem o que quiserem. Vocês têm de pagar as dívidas".

O Artigo 5.º da NATO considera que um ataque a um Estado-membro da aliança político-militar é um ataque a todos os que a compõem e só foi invocado uma vez, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos.

Leia Também: Ucrânia. Biden apela à Câmara dos Representantes para que aprove ajuda

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