Arménia e Azerbaijão trocam acusações após morte de 2 soldados arménios
A Arménia e o Azerbaijão trocaram hoje acusações sobre tiroteios na fronteira entre os dois países do Cáucaso que, de acordo com Erevan, causaram a morte de dois soldados arménios.
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Mundo Arménia/Azerbaijão
"Unidades das forças armadas do Azerbaijão abriram fogo (...) contra posições arménias perto de Nerkin Hand", na região de Siunik, no sul da Arménia, junto à fronteira com Nakhichevan, um enclave do Azerbaijão, disse o Ministério da Defesa arménio.
"De acordo com as informações iniciais, há duas mortes e feridos do lado arménio," num incidente que decorreu por volta das 09h30 (05h30 em Lisboa), acrescentou a diplomacia arménia, em comunicado.
A guarda fronteiriça do Azerbaijão descreveu o ataque como uma "operação de vingança" após um outro incidente, a cerca de 400 quilómetros de distância, no qual um soldado do Azerbaijão terá ficado ferido.
O Ministério da Defesa do Azerbaijão disse que os soldados arménios dispararam duas vezes na noite de segunda-feira contra posições "na direção da aldeia de Kokhanabi, na região de Tovuz", no noroeste do Azerbaijão.
A guarda fronteiriça do Azerbaijão disse que o posto militar arménio de onde foram disparados os tiros "foi completamente destruído" em retaliação e prometeu "uma resposta ainda mais firme e resoluta" a "cada provocação" da Arménia.
O Ministério da Defesa da Arménia rejeitou as acusações, dizendo que "não correspondem à realidade".
Os tiroteios ocorrem uma semana depois de Ilham Aliev, de 62 anos, no poder há duas décadas, ter sido reeleito Presidente do Azerbaijão, com 92% dos votos em eleições boicotadas pela oposição.
Em setembro, o Azerbaijão derrotou os separatistas arménios da região de Nagorno-Karabakh, colocando fim a três décadas de tensões marcadas por duas guerras com a Arménia.
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