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Netanyahu "está a tentar escapar" às negociações ao "cometer genocídio"

Um responsável do Hamas afirmou hoje que qualquer operação das forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, ameaçaria as negociações de libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos.

Netanyahu "está a tentar escapar" às negociações ao "cometer genocídio"
Notícias ao Minuto

14:12 - 11/02/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Qualquer ataque do exército de ocupação [israelita] à cidade de Rafah ameaçaria as negociações" sobre os reféns ainda detidos na Faixa de Gaza, afirmou o responsável à AFP, numa altura em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pretende lançar uma ofensiva contra a cidade.

Benjamin Netanyahu "está a tentar escapar" às negociações ao "cometer um genocídio e uma nova catástrofe humanitária em Rafah", afirmou o responsável do Hamas, dizendo que o que o primeiro-ministro e o exército "não conseguiram fazer em mais de quatro meses, não conseguirão fazer durante o tempo que durar a guerra".

Na sexta-feira, o primeiro-ministro israelita ordenou às Forças de Defesa de Israel que começassem a preparar a evacuação de Rafah.

Num comunicado divulgado pelo seu gabinete, Benjamin Netanyahu afirmou que Israel não conseguirá derrotar o Hamas sem destruir as forças que o movimento islamita palestiniano mantém naquela cidade, no sul da Faixa de Gaza, e nos seus arredores.

Tanto a ONU como os EUA manifestaram a sua preocupação quanto a uma possível expansão da ofensiva terrestre do exército israelita para Rafah, o último refúgio de mais de um milhão de habitantes de Gaza que fogem dos combates há quatro meses.

O Departamento de Estado advertiu na quinta-feira que uma operação militar em Rafah sem um planeamento adequado para a retirada de civis seria "um desastre".

O ataque sem precedentes do Hamas em 07 de outubro causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.

Desde então, 28.176 palestinianos, a grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, foram mortos na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos e operações militares israelitas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, movimento considerado terrorista que controla o enclave desde 2007.

Há várias semanas que estão em curso negociações para um cessar-fogo com uma duração mínima de seis semanas e a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Em novembro, um cessar-fogo de uma semana permitiu a liberação de 105 dos cerca de 250 reféns que foram levados para Gaza e de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

Segundo Israel, continuam detidos em Gaza 132 reféns, 29 dos quais terão morrido.

Leia Também: Guerra entre Israel e Hamas é "devastadora" para a economia palestiniana

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