"Quatro navios da guarda costeira chinesa seguiram o navio da Guarda Costeira filipina em mais de 40 ocasiões e estiveram a até 176 metros", disse o porta-voz da guarda costeira filipina, Jay Tarriela.
Segundo as autoridades filipinas, "navios da guarda costeira chinesa realizaram quatro vezes manobras perigosas e de bloqueio contra o 'BRP Teresa Magbanua' e em duas delas cruzaram à frente da proa, violando o Regulamento Internacional para Evitar Colisões no Mar", acrescentou numa mensagem na rede social X.
Quatro outros navios militares foram avistados pelo 'BRP Teresa Magbanua' em nove dias de patrulha em que também prestaram ajuda aos pescadores filipinos que tradicionalmente pescam nesta região.
A versão das autoridades chinesas indica que "o navio 9701 da Guarda Costeira Filipina entrou ilegalmente nas águas adjacentes à Ilha Huangyan várias vezes de 02 a 09 de fevereiro, apesar das chamadas de alerta da guarda costeira".
Em resposta, o serviço da guarda costeira "aplicou medidas de acordo com a lei, como o controlo da rota e o seu afastamento, tratando a situação com profissionalismo".
Pequim e Manila disputam a soberania do Atol de Scarborough (Bacia de Mansiloc) e das águas circundantes.
As autoridades filipinas alegam que o atol está dentro da sua zona económica exclusiva e que o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia rejeitou as aspirações de soberania de Pequim em 2016, uma decisão que o Governo chinês se recusa a cumprir.
A China e as Filipinas estão em conflito pela soberania de várias ilhas e atóis no Mar da China Meridional, que Pequim reivindica quase na sua totalidade por "razões históricas".
Estas águas constituem uma zona estratégica por onde circula um terço do comércio mundial e albergam importantes recursos pesqueiros e energéticos.
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