Liga Árabe rejeita intenção de Milei transferir embaixada para Jerusalém

A Liga Árabe rejeitou hoje a intenção do Presidente argentino de transferir a embaixada do seu país de Telavive para Jerusalém, afirmando que "viola" as resoluções internacionais e "não serve" para alcançar a paz no Médio Oriente.

Liga Árabe,

© Foreign Ministry of Quwait / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
07/02/2024 13:08 ‧ 07/02/2024 por Lusa

Mundo

Argentina

uma clara violação do Direito internacional e prejudica as hipóteses de alcançar uma paz justa com base na solução de dois Estados", afirmou o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, de acordo com o porta-voz do organismo composto por 22 países, Gamal Rushdi.

"A resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, de 1980, sublinha que todas as ações israelitas em Jerusalém são inválidas e devem ser anuladas, e apela aos países para que se abstenham de transferir as suas embaixadas para Jerusalém", afirmou Rushdi num comunicado.

Javier Milei confirmou na terça-feira, à sua chegada a Israel, a sua intenção de transferir a embaixada argentina de Telavive para Jerusalém, uma medida controversa na comunidade internacional e rejeitada pelos países árabes, que insistem que a parte oriental da cidade, ocupada em 1967 pelo Estado judeu, seja a capital de um Estado palestiniano.

"O consenso internacional é firme no sentido de não reconhecer a soberania de Israel sobre a cidade, cujo futuro deve ser determinado no contexto das negociações sobre o estatuto final entre palestinianos e israelitas", disse o porta-voz.

"O estatuto político ou jurídico não pode ser imposto ou alterado de forma a antecipar o resultado das negociações", sublinhou ainda.

A Liga Árabe, de acordo com a nota informativa, considerou ainda que a intenção de Milei "representa um desvio indesejável da política tradicionalmente equilibrada do seu país em relação à questão palestiniana".

Abulgueit sublinhou igualmente que "esta abordagem reflete uma identificação com a agenda da direita israelita e um afastamento das posições dos países do Sul que defendem os direitos dos palestinianos e o valor do Direito internacional".

Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, juntamente com o resto da Cisjordânia e Gaza, e anexou-a unilateralmente em 1980.

Leia Também: Qatar defende solução "justa" para travar escalada no Médio Oriente

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas