O Conselho de Segurança da Organização Nações Unidas (ONU) marcou uma reunião de emergência sobre os ataques dos Estados Unidos contra alvos na Síria e no Iraque.
Segundo a agência France-Presse (AFP), que cita fontes diplomáticas, a reunião acontecerá na segunda-feira, às 21 horas.
Neste sábado, o representante permanente da Rússia na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse que Moscovo "pediu uma reunião urgente" para "discutir ameaças à paz internacional e segurança dos ataques dos EUA contra o Iraque e a Síria".
Também a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, argumentou que "é óbvio que os ataques aéreos são deliberadamente desenhados para inflamar mais o conflito" entre Israel e o Hamas.
"Ao atacar, quase sem pausa, as instalações de alegados grupos pró-Irão no Iraque e na Síria, os Estados Unidos estão propositadamente a tentar levar os maiores países na região para o conflito", afirmou.
Na noite de sexta-feira, os Estados Unidos lançaram uma série de ataques contra 85 alegadas posições de milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque, em retaliação pela morte, no fim de semana passado, de três soldados norte-americanos na fronteira entre a Síria e a Jordânia.
Também hoje o alto-representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros defendeu que os bombardeamentos dos Estados Unidos no Iraque e na Síria contribuíram para a escalada das tensões no Médio Oriente e pediu contenção.
"Era expectável. Expectável uma retaliação dos Estados Unidos da América [EUA] em resposta aos ataques que sofreram recentemente. Foi até anunciado [...]. Certamente, cada ataque contribui para a escalada", sustentou Josep Borrell, em conferência de imprensa, no final de uma reunião informal dos ministros da UE com a pasta da diplomacia, incluindo João Gomes Cravinho, em Bruxelas.
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