O país tem já uma legislação rigorosa contra o assédio sexual e o sexismo no local de trabalho, porém, foi imposta a inédita medida denominada pelo presidente cipriota, Nikos Christodoulides, como "compromisso institucional", visando eliminar estes comportamentos no governo.
A assinatura de todo os governantes aconteceu numa cerimónia, que decorreu no palácio presidencial, tendo o chefe de Estado referido que "apela e espera" que seja implementada a declaração de forma concreta.
"Através do nosso comportamento, da nossa postura e abordagem, somos nós que devemos, antes de todos os outros de servir de exemplo", afirmou Christodoulides, pai de quatro filhas e que fez da igualdade de género uma prioridade para a sua administração que tem quase um ano. O presidente garantiu que o governo está a trabalhar para "derrubar qualquer discriminação por preconceito de género" que faça o país retroceder.
O Chipre ocupa o 22.º lugar na União Europeia em termos de igualdade de género, com uma pontuação de 57,3 em 100, segundo o Instituto Europeu para a Igualdade de Género.
A Comissária para a Igualdade de Género de Chipre, Josie Christodoulou, argumentou que a declaração incorpora formalmente a questão do género em todos os níveis de governo.
"O objetivo final é criar um ambiente que permita uma sociedade e uma economia saudáveis, iguais para todos", concluiu.
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