"A UCR exige a libertação imediata de Ivana Bunge, membro do nosso partido, e das outras jovens detidas com ela na área do Congresso por se manifestarem pacificamente", disse a força política numa mensagem publicada nas redes sociais hoje de madrugada.
Horas mais tarde, o próprio partido informou que o Ministério Público tinha "ordenado a libertação" das mulheres, que foram detidas por cantarem o hino em frente ao Congresso Nacional.
Apesar deste desfecho, a formação política advertiu que as militantes "passaram toda a noite detidas de forma injustificada e desnecessária".
Os principais dirigentes da UCR -- força política ligada ao ex-Presidente Raúl Alfonsín (1983-1989) - questionaram-se sobre quais seriam os crimes cometidos pelas militantes, que, segundo frisaram, estavam apenas a manifestarem-se "pacificamente" nas imediações do Congresso quando foram detidas.
"O partido no poder está a encorajar um perigoso avanço repressivo sobre aqueles que pensam de forma diferente e fazem protestos pacíficos", acrescentou a UCR.
A UCR é um dos partidos que está a dialogar com o Governo argentino na tentativa de melhorar um projeto de lei -- conhecido como 'lei omnibus' - proposto pelo Presidente Javier Milei para reformar a economia do país sul-americano.
O debate sobre este projeto legislativo teve início na quarta-feira na Câmara dos Deputados e, após um intervalo acordado, será hoje retomado.
Várias organizações têm convocado protestos em frente ao Congresso de Buenos Aires para contestar a reforma económica proposta por Milei e alguns têm degenerado em incidentes com a polícia.
Leia Também: Governo argentino recorre de decisão que declara inválida reforma laboral