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Milhares de pessoas pedem demissão do governo da Moldova

Vários milhares de pessoas do partido pró-russo Renascimento manifestaram-se hoje frente ao parlamento da Moldova para pedir a demissão do governo pró-ocidente do Partido da Ação e Solidariedade.

Milhares de pessoas pedem demissão do governo da Moldova
Notícias ao Minuto

13:38 - 01/02/24 por Lusa

Mundo Moldova

Os manifestantes do partido que atualmente tem quatro assentos parlamentares, num total de 101, exigiram eleições antecipadas para o país, cujo calendário eleitoral prevê presidenciais ainda este ano e legislativas no próximo.

Uma contramanifestação decorreu com dezenas de pessoas em Chisinau, onde muitos agitaram bandeiras da União Europeia (UE) e expressaram apoio à presidente Maia Sandu.

O protesto é a mais recente de várias ações contra o governo nos últimos 18 meses, a maioria das quais organizadas pelo Partido Shor, próximo de Moscovo e que foi declarado inconstitucional em junho. Com seis deputados, as autoridades acusaram o Shor de tentar destabilizar o país de 2,5 milhões de habitantes.

Alguns destacados membros do Shor participaram no protesto de hoje. O líder deste partido, o oligarca Ilan Shor, exilado em Israel e condenado à revelia à prisão por acusações de fraude, partilhou um vídeo sobre a manifestação na sua página de Facebook.

Os serviços de informação do país tinham alertado no mês passado acerca de campanhas de "desinformação e manipulação" com vista a destabilizar e a prejudicar as relações com a vizinha Ucrânia e com a UE.

Já depois da invasão russa da Ucrânia, em junho de 2022, o país recebeu o estatuto de candidato oficial à adesão da UE, aspirações ainda mais reforçadas em dezembro último quando Bruxelas anunciou que iniciaria negociações com os 27 também com a Ucrânia.

Segundo os serviços de informação, a "frequência e a extensão das manifestações vão aumentar nos anos 2024-2025, visando os processos reformistas, os processos eleitorais, mas especialmente o processo de negociações de adesão" ao espaço comunitário.

Dias antes das eleições locais do ano passado, as autoridades moldovas baniram outro partido pró-russo, o Chance, obrigando a retirar cerca de 600 candidatos dos boletins de voto, uma decisão que foi depois revertida.

Antes do ato eleitoral, os serviços secretos alegaram que Chance tinha recebido financiamento russo que foi canalizado pelo Shor e usado para desestabilizar o país e "comprar" eleitores.

Desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, enfrentou situações graves, como uma crise energética, na sequência de uma redução drástica no fornecimento de gás, uma inflação elevada e diversos incidentes com destroços de mísseis provenientes do território ucraniano.

Em fevereiro de 2023, a presidente afirmou publicamente uma alegada conspiração de Moscovo para derrubar o governo, com o objetivo de colocar o país "à disposição da Rússia" e impedir a adesão à UE, tendo a Rússia negado as acusações.

Leia Também: Ministro da Moldova Nicu Popescu anuncia demissão surpresa

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