"Posso confirmar a morte de 13 pessoas, na sua maioria agricultores, por um engenho explosivo improvisado colocado pelos terroristas do Boko Haram na segunda-feira", disse à agência de notícias EFE o líder da Força de Intervenção Conjunta Civil (CJTF), Muhammad Goni.
A CJTF é um grupo armado de autodefesa civil que ajuda as forças armadas nigerianas na luta contra o terrorismo.
"As vítimas viajavam pela estrada Polka/Firgi, na cidade de Gwoza, quando o veículo que as transportava atropelou o artefacto, provocando uma explosão que matou sete passageiros instantaneamente", acrescentou.
"Seis outros morreram mais tarde devido aos ferimentos sofridos na explosão", disse a mesma fonte, acrescentando que o exército foi destacado para Gwoza para procurar mais explosivos na estrada e desarmá-los.
Os soldados, juntamente com membros da CJTF, também estão atualmente à procura de extremistas que se escondem entre a população civil em Gwoza para perpetrar violência, segundo Goni.
O nordeste da Nigéria tem sido alvo de ataques do Boko Haram desde 2009, violência que se intensificou a partir de 2016 com o surgimento do seu grupo dissidente, o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP).
Ambos os grupos procuram impor um Estado de tipo islâmico na Nigéria, que é predominantemente muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35.000 pessoas e provocaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, segundo dados das Nações Unidas.
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