Kyiv insta Cruz Vermelha a esclarecer se avião russo levava prisioneiros

O provedor de Justiça ucraniano, Dmytro Lubinets, formalizou hoje um pedido à Cruz Vermelha para que esclareça se foi informada por Moscovo de que prisioneiros ucranianos iam ser transportados no avião militar que caiu em Belgorod.

Avião russo que caiu na região de Belgorod

© STRINGER/AFP via Getty Images

Lusa
26/01/2024 22:57 ‧ 26/01/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Moscovo afirma que 65 prisioneiros de guerra ucranianos que seriam trocados naquele mesmo dia morreram no incidente, juntamente com três soldados russos que os guardavam e seis tripulantes.

Segundo a versão russa, o avião foi abatido perto da aldeia russa de Yablonovo, a 45 quilómetros da fronteira com a Ucrânia, na região de Belgorod por mísseis disparados pela Ucrânia, que não confirmou nem negou esta afirmação.

Kiev acredita que o avião não transportava prisioneiros de guerra, mas sim mísseis.

"Quero receber uma resposta oficial do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) sobre se a Federação Russa informou que transportaria prisioneiros de guerra ucranianos desta ou daquela forma", frisou Lubinets, em declarações à Liberty.

O Provedor de Justiça de Kiev observou que as partes envolvidas nas trocas de prisioneiros são legalmente obrigadas a informar a Cruz Vermelha sobre como são transferidos para o local de troca.

Lubinets também insistiu hoje que a Rússia não comunicou oficialmente quaisquer nomes dos 65 prisioneiros de guerra ucranianos que morreram no incidente.

Segundo os serviços secretos ucranianos, a Rússia ainda não forneceu qualquer informação sobre as alegadas vítimas ucranianas do incidente.

Segundo o porta-voz das informações ucranianas, Andri Yusov, as autoridades russas deveriam ter informado o CICV sobre a identidade e o estado de saúde dos prisioneiros que supostamente seriam trocados.

Yusov frisou também que a aeronave também deveria transportar diversas figuras relevantes da esfera política e militar russa, mas acabaram por não embarcar.

O Presidente russo Vladimir Putin acusou hoje as forças ucranianas de abaterem por "engano ou deliberadamente" um avião de transporte militar Il-76 na zona fronteiriça, acrescentando que os serviços secretos do Exército ucraniano sabiam que iam a bordo 65 militares ucranianos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Queda de avião? Rússia encontra "documentos ucranianos" e corpos tatuados

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