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Israel acusa OMS de conivência com o Hamas "para fins terroristas"

Israel acusou hoje a Organização Mundial de Saúde de conivência com o Hamas, alegando que a OMS ignorou as provas israelitas de que o movimento islamita palestiniano utilizou os hospitais da Faixa de Gaza "para fins terroristas".

Israel acusa OMS de conivência com o Hamas "para fins terroristas"
Notícias ao Minuto

16:26 - 25/01/24 por Lusa

Mundo Meirav Eilon Shahar

Numa declaração publicada na rede social X, a embaixadora israelita na OMS, Meirav Eilon Shahar, denunciou a presença do Hamas "nos hospitais", insistindo na acusação de utilizar os doentes como "escudos humanos".

Em todos os hospitais que revistou em Gaza, acrescentou a diplomata, o exército israelita "encontrou provas de que eram utilizados para fins terroristas pelo Hamas".

Israel acusa o Hamas de utilizar os hospitais para efetuar ataques e esconder túneis e armas, mas o movimento nega.

"O Hamas militarizou toda a zona civil da Faixa de Gaza, no âmbito de uma estratégia premeditada. São factos inegáveis que a OMS ignora repetidamente. Não se trata de incompetência. É um conluio. A OMS sabia que havia reféns nos hospitais e que os terroristas atuavam nesses locais ", acusou a embaixadora israelita.

"Mesmo quando lhe foram apresentadas provas concretas do que se passava no subsolo e à superfície, armas, quartéis-generais, salas fechadas, a OMS optou por fechar os olhos, pondo em perigo aqueles que devia proteger", continuou.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, das quais pouco mais de uma centena foi libertada no final de novembro durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos. 

Segundo a mesma contagem, 132 reféns ainda se encontram no território, admitindo-se que 28 poderão ter morrido.

Israel jurou "aniquilar" o Hamas e lançou uma vasta operação militar que matou 25.700 palestinianos, na sua grande maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita.

Até à data, a OMS não confirmou as acusações de Israel de que o Hamas construiu túneis sob os hospitais e os utilizou como centros de comando.

A 21 de dezembro de 2023, questionado sobre este ponto durante uma conferência de imprensa, Richard Peeperkorn, representante da OMS nos territórios palestinianos ocupados, disse que a organização não estava "em posição de verificar como cada hospital foi utilizado".

"O papel da OMS é monitorizar, analisar e informar... Não somos uma organização de investigação", afirmou.

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