Iraque critica ataques dos EUA contra grupos armados pró-iranianos

Os ataques dos Estados Unidos contra milícias pró-Irão em solo iraquiano "não ajudam ao apaziguamento", disse hoje o conselheiro de segurança nacional do Iraque, que lamentou "uma agressão e uma violação flagrante da soberania" do país.

Iraque

© Heidi Levine para o The Washington Post via Getty Images

Lusa
24/01/2024 07:39 ‧ 24/01/2024 por Lusa

Mundo

Iraque/EUA

Qassem al-Aaraji criticou Washington por "visar e bombardear as instalações de uma instituição nacional iraquiana", referindo-se aos antigos paramilitares Hachd al-Chaabi, integrados nas forças regulares.

Recordando a guerra que desde 07 de outubro opõe Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, o dirigente defendeu que os EUA deveriam, em vez de atacar o Iraque, "exercer pressão para parar a agressão em Gaza".

Os Estados Unidos atacaram milícias pró-Irão em retaliação pelos ataques com mísseis e drones contra tropas americanas no Iraque e na Síria nos últimos dias, disse na terça-feira o secretário da Defesa, Lloyd Austin.

Os ataques dos EUA atingiram três instalações no oeste do Iraque, perto da fronteira com a Síria, segundo o Comando Central norte-americano.

"Sob a direção do Presidente Biden, as forças militares dos EUA realizaram ataques necessários e proporcionais em três instalações usadas pelo grupo de milícia Kataib Hezbollah, apoiado pelo Irão e outros grupos afiliados ao Irão no Iraque", disse Austin em comunicado.

Os ataques visaram locais de armazenamento e treino de lançamento de foguetes, mísseis e veículos aéreos não tripulados (drones), tendo Lloyd Austin defendido a ação como "uma resposta direta a uma série de ataques em escalada contra o pessoal dos EUA e da Coligação no Iraque e na Síria por milícias patrocinadas pelo Irão".

Os ataques ocorreram horas depois de os EUA terem afirmado que os milicianos lançaram dois drones de ataque unidirecional contra a base aérea de al-Asad, ferindo militares americanos e danificando infraestruturas.

Surgem também na sequência do mais sério ataque da milícia este ano contra a base aérea, quando lançaram vários mísseis balísticos no sábado contra a instalação no oeste do Iraque usada pelas tropas americanas da coligação internacional contra o Estado Islâmico.

Washington contabilizou mais de uma centena de ataques contra as suas forças no Iraque e na Síria desde 17 de outubro de 2023. Os EUA efetuaram desde então vários ataques aéreos de retaliação contra milícias pró-iranianas.

Leia Também: Estados Unidos atacam grupos armados pró-iranianos no Iraque

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