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Sismo de magnitude 7 atinge fronteira Quirguistão-China

Tremor aconteceu a uma profundidade de 27 quilómetros.

Sismo de magnitude 7 atinge fronteira Quirguistão-China
Notícias ao Minuto

19:55 - 22/01/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Sismo

Um sismo de magnitude 7,0 na escala de Richter atingiu a zona fronteiriça entre o Quirguistão e a China, nesta segunda-feira.

O tremor foi registado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) às 18h09 desta segunda-feira (pouco depois das 2h00 de terça-feira na hora local).

O sismo ocorreu a uma profundidade de 27 quilómetros, na região chinesa de Xinjiang, a cerca de 140 quilómetros a oeste da cidade de Aksu.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos indicou que o sismo ocorreu na cordilheira Tian Shan. "Esta é uma região sismicamente ativa, embora sismos deste tamanho ocorram com pouca frequência. Nos 100 anos anteriores, ocorreram três eventos com magnitude acima de 6,5 na escala de Richter, num raio de 250 quilómetros do evento de 22 de janeiro", lê-se no relatório do USGS.

Até ao momento, é desconhecida a existência de vítimas e prejuízos, mas o Serviço Geológico norte-americano admite como "provável que haja danos significativos e o desastre seja potencialmente generalizado".

A emissora estatal chinesa CCTV também informou que foram registados vários abalos secundários, tendo o terramoto sido sentido com intensidade nos países vizinhos.

Em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão, vários habitantes abandonaram as suas casas, descreveu a agência de notícias russa Tass, e o mesmo sucedeu na capital do Quirguistão, Bichkek.

"Nenhuma vítima ou dano foi relatado até agora" nas áreas afetadas, disse o ministro de Situações de Emergência do Quirguistão, Boobek Ajikeev, num vídeo, apelando aos residentes "para não entrarem em pânico".

Canais de televisão locais de Nova Deli, na Índia, a cerca de 1.400 quilómetros de distância do epicentro do sismo, relataram a ocorrência de abalos.

O epicentro do terramoto corresponde a uma zona rural habitada na maioria por uigures, uma minoria étnica predominantemente muçulmana que tem sido alvo de uma campanha estatal de assimilação forçada e detenção em massa nos últimos anos.

A região do epicentro do sismo regista esta semana temperaturas mínimas até -18ºC e várias partes do norte e centro da China têm estado sob vagas de frio gélido neste inverno, levando as autoridades a fechar escolas com frequência devido a tempestades de neve.

A Administração Nacional de Incêndios e Resgate da China divulgou um vídeo na rede social chinesa Weibo mostrando bombeiros a caminho do epicentro do terramoto.

Outro vídeo difundido por um utilizador do Weibo exibia habitantes parados nas ruas vestidos com casacos de inverno, e uma foto na emissora estatal CCTV mostrava uma parede rachada com pedaços caídos.

Este sismo ocorre um dia depois de um deslizamento de terras que soterrou dezenas de pessoas e deixou pelo menos oito mortos no sudoeste da China.

Em dezembro, um sismo abalou a província de Gansu, também no noroeste da China, matando 151 pessoas, e foi o mais mortífero no país desde 2014, quando um terramoto deixou mais 600 mortos na província de Yunnan, no sudoeste do país.

A maioria dos sismos na China atinge a parte ocidental do país, incluindo as províncias de Gansu, Qinghai, Sichuan e Yunnan, bem como a região de Xinjiang e o Tibete.

[Notícia atualizada às 22h12]

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