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Trump recorre ao ataque racial ao troçar com nome de Nikki Haley

Donald Trump troçou hoje com o nome de nascimento da sua oponente nas primárias republicanas, Nikki Haley, no mais recente exemplo do foco na raça ou etnia por parte do ex-presidente dos Estados Unidos.

Trump recorre ao ataque racial ao troçar com nome de Nikki Haley
Notícias ao Minuto

00:38 - 20/01/24 por Lusa

Mundo EUA

Numa publicação na sua rede social, a Truth Social, Trump referiu-se repetidamente a Haley, filha de imigrantes da Índia, como "Nimbra".

Haley, ex-governadora da Carolina do Sul, nasceu em Bamberg, Carolina do Sul, como Nimarata Nikki Randhawa e sempre utilizou o seu nome do meio, "Nikki", adotando o sobrenome "Haley" ao casar-se, em 1996, noticiou a agência Associated Press (AP).

Trump chamou Haley de "Nimbra" três vezes naquela publicação, referindo que a republicana "não tem o que é preciso" para as presidenciais de novembro.

O ataque ocorre quatro dias antes das primárias de New Hampshire, nas quais Haley tenta estabelecer-se como a única alternativa viável a Trump na disputa pela indicação dos republicanos.

A publicação de Trump foi uma escalada de ataques recentes nos quais o magnata republicano fez referência ao primeiro nome de Haley, tendo ainda afirmado falsamente que esta não era elegível para a presidência, porque os seus pais não eram cidadãos dos EUA quando nasceu, em 1972.

Os ataques ecoam a retórica "birther" de Trump contra o Presidente Barack Obama. Trump passou anos a promover a teoria da conspiração de que o primeiro presidente negro do país nasceu no Quénia e não era um cidadão norte-americano "nato", conforme exigido pela Constituição.

Este esforço fez parte da ascensão de Trump entre a base culturalmente mais conservadora dos republicanos antes da sua eleição surpreendente de 2016.

Haley descartou considerar os últimos ataques de Trump como prova de que está a ameaçar a candidatura do magnata a uma terceira indicação consecutiva.

"Vou deixar as pessoas decidirem o que ele quer dizer com os seus ataques", sublinhou hoje Haley, em declarações aos jornalistas, em New Hampshire, quando questionada sobre as falsas afirmações de Trump.

Trump obteve uns esmagadores 51% dos votos na segunda-feira no 'caucus' do Iowa, continuando como o principal candidato à indicação republicana. Na votação naquele Estado rural, o governador da Florida, Ron DeSantis, ficou em segundo lugar, com 21,2% dos votos, seguido por Haley, que obteve 19,1% do apoio.

A campanha de Haley tem procurado desde então retratar o resto da batalha como uma corrida a dois, entre a sua candidatura e a de Trump.

O objetivo de Haley é alcançar um desempenho mais robusto em New Hampshire, esperando um trampolim para seu Estado natal, a Carolina do Sul, que realizará as primeiras primárias presidenciais do sul no próximo mês.

Leia Também: "Presidência Trump pode ser uma grande vitória para o mundo"

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