Rússia convoca embaixador francês para censurar envolvimento na guerra

A Rússia convocou hoje o embaixador francês em Moscovo para o censurar formalmente pelo alegado "envolvimento crescente" de Paris no conflito na Ucrânia, poucos dias após assumir a responsabilidade por um ataque a alegados mercenários franceses.

Guerra na Ucrânia

© SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images

Lusa
19/01/2024 23:01 ‧ 19/01/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O embaixador francês em Moscovo, Pierre Levy, "foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e foram-lhe apresentadas provas do crescente envolvimento de Paris no conflito na Ucrânia", anunciou a diplomacia russa em comunicado.

Este anúncio surge dois dias depois de a Rússia ter afirmado, na quarta-feira, ter atingido na noite anterior um edifício onde "mercenários franceses" estavam destacados em Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia.

As autoridades ucranianas relataram um bombardeamento russo em Kharkiv que provocou ferimentos em 17 civis.

Paris, por sua vez, negou na quinta-feira que tivesse mercenários ao seu serviço.

"A França não tem 'mercenários', nem na Ucrânia nem em qualquer outro lugar, ao contrário de outros. Esta é uma nova e grosseira manipulação russa", respondeu o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

As acusações russas surgiram depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado na terça-feira que a França entregaria 40 mísseis de cruzeiro de longo alcance Scalp adicionais a Kyiv e assinaria um acordo de segurança com a Ucrânia, tal como o Reino Unido fez.

Na quinta-feira, Paris também lançou, com outros aliados da Ucrânia, uma coligação de fornecimento de artilharia para satisfazer as necessidades de Kyiv nesta área.

O ministro das Forças Armadas francês, Sébastien Lecornu, anunciou nessa ocasião que iria libertar 50 milhões de euros para fornecer 12 canhões autopropulsados Caesar à Ucrânia, e propôs aos seus parceiros financiar outros 60 exemplares destas poderosas armas de fabrico francês para enviar a Kyiv.

Leia Também: Von der Leyen acredita em acordo para desbloquear apoio a Kyiv

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