Comunidade internacional quer negociar acordo político para a paz
Parceiros internacionais envolvidos na mediação do conflito na República Centro-Africana (RCA) deslocam-se "nos próximos dias" a Bangui, para tentar um acordo político para resolver a situação "crítica" vivida, informou à Lusa fonte da diplomacia angolana.
© DR
A decisão resulta de uma reunião realizada sexta-feira em Brazzaville, em que o ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, esteve presente, destinada a preparar o Fórum para a Reconciliação Nacional da RCA, agendado igualmente para a capital da República do Congo, entre 21 e 23 de julho.
Angola preside desde janeiro à Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e a resolução do conflito na RCA é precisamente uma das prioridades.
Antecedendo o Fórum de Brazzaville, os parceiros internacionais para a mediação da crise naquele país deslocam-se a Bangui "nos próximos dias", para consultas "junto dos atores políticos nacionais no processo centro-africano", indicou o Ministério das Relações Exteriores de Angola.
Desde dezembro de 2013 que a RCA enfrenta sucessivos casos de violência protagonizados por milícias muçulmanas, partidárias dos rebeldes do Seleka, e cristão denominados anti-Balaka.
No terreno, cerca de 2.000 militares franceses e 5.800 da União Africana tentam conter uma espiral de violência inter-religiosa, missão que a partir de setembro deverá ser assumida por uma força de paz da ONU.
"O objetivo destas consultas visa facilitar, no Fórum de Brazzaville, a obtenção de um acordo político de consenso da transição e saída da situação critica em relação à paz e segurança prevalecente na RCA", acrescentou a diplomacia angolana, no final da reunião realizada na sexta-feira na capital do Congo.
A situação na RCA, segundo o ministério angolano, "continua frágil", sendo "urgente conduzir a reconciliação entre os centro-africanos, o diálogo político, a restauração da administração do Estado e consolidar o seu próprio processo de transição".
O fórum a realizar este mês está a ser coordenado pelo presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, designado como mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) para aquele conflito.
O desarmamento e a reforma das forças de defesa e segurança, assim como a "realização de eleições livre, justas, transparentes e democráticas", são ações necessárias apontadas por Angola, que se compromete em "apoiar" o processo de paz.
O Fórum de Brazzaville foi também uma das conclusões da 5.ª reunião do Grupo Internacional de Contacto sobre a RCA (GIC-RCA), realizada a 07 de julho em Adis Abeba, Etiópia.
Este grupo envolve vários governos africanos entre outros parceiros internacionais interessados no processo de paz na RCA, como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália.
Consolidação de crédito: Perdido com vários créditos? Organize-os, juntando todos numa só prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com