De acordo com o Governo de Roma, a medida pretende "travar estas formas de protesto", aplicando multas de 20 mil euros a 60 mil euros a quem danificar património cultural italiano.
Na quarta-feira, um juiz acusou três membros do grupo climático italiano Ultima Generazione (Última Geração, UG) de terem pintado com tinta lavável a escultura "L.O.V.E." de Maurizio Cattelan, em Milão, no ano passado.
Esta ação de protesto faz parte de uma longa série de atos considerados controversos de desobediência civil que o grupo UG tem levado a cabo para chamar a atenção sobre as alterações climáticas.
Em outras ocasiões, os ativistas italianos bloquearam o trânsito e derramaram tinta lavável sobre os vidros de proteção de obras de arte e monumentos.
"Os italianos já não terão de pagar por atos de 'eco-vandalismo'", declarou o ministro da Cultura Gennaro Sangiuliano.
"Foi aprovado um princípio de respeito pela cultura nacional: quem deformar, danificar ou estragar um monumento deve indemnizar o Estado pelas despesas incorridas para restaurar o estado original do monumento", disse o ministro da Cultura.
"Dado que, como demonstram numerosos casos, é necessário gastar grandes somas no restauro, é bom que já não sejam os italianos a pagar, mas sim os responsáveis pelos atos", acrescentou.
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