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Imigração ilegal? "Partido Conservador está unido em querer parar barcos"

O Partido Conservador está "absolutamente unido" em querer travar a imigração ilegal através do Canal da Mancha, afirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, apesar da contestação no parlamento dos próprios deputados.

Imigração ilegal? "Partido Conservador está unido em querer parar barcos"
Notícias ao Minuto

11:53 - 18/01/24 por Lusa

Mundo Reino Unido

"O Partido Conservador está absolutamente unido em querer parar os barcos", declarou durante uma conferência de imprensa esta manhã. 

No entanto, também considera "compreensível que as pessoas tenham opiniões fortes, que queiram fazer tudo para resolver este problema". 

"Devemos debater esta questão porque as pessoas estão frustradas e têm convicções fortes", afirmou. 

A nova proposta de lei para deportar imigrantes ilegais do Reino Unido para o Ruanda foi aprovada na quarta-feira à noite na Câmara dos Comuns, apesar das ameaças de dezenas de deputados da ala direita do próprio partido Conservador de votar contra. 

Este grupo queria endurecer o texto para evitar recursos legais dos imigrantes e bloquear totalmente a interferência do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH).

No final, 11 desafiaram a disciplina de voto imposta pelo primeiro-ministro, incluindo a antiga ministra do Interior Suela Braverman, e 18 abstiveram-se. 

A proposta de lei passou com 320 votos a favor e 276 contra, a maioria destes da oposição. 

Embora o Executivo do primeiro-ministro, Rishi Sunak, disponha de uma maioria absoluta, bastaria que 30 dos seus deputados votassem juntamente com a oposição contra o texto para este ser chumbado.

O texto segue agora para a Câmara dos Lordes, a câmara alta do parlamento britânico, onde poderá ser sujeito a novas propostas de alteração e a objeções antes de voltar à Câmara dos Comuns. 

O processo poderá demorar vários meses até à promulgação. 

Vários meios de comunicação social britânicos, incluindo a Sky News, deram conta de que alguns deputados terão pedido uma moção de censura interna no Partido Conservador, que só pode ser convocada se for atingido o mínimo de 53. 

Sunak argumentou hoje que "a alternativa é voltar ao início" e alegou que o plano de criar esta política como forma de dissuasão da imigração ilegal  "já está a funcionar". 

O Governo indicou que o número total de pessoas que chegaram em 2023 em embarcações diminuiu 36% para 29.437 em relação às 45.774 registadas em 2022.

As condições meteorológicas contribuíram para uma redução do movimento, mas apesar das temperaturas negativas, 358 pessoas arriscaram a travessia na quarta-feira em oito embarcações insufláveis, o valor mais alto desde o início de dezembro. 

Sunak não se comprometeu hoje com uma data para o início dos voos de deportação para o Ruanda, mas adiantou que os preparativos operacionais já estão em curso. 

"Quero ver isto acontecer o mais depressa possível (...). Também estamos frustrados e fartos", disse. 

"Estamos a trabalhar o mais depressa possível e agora cabe à Câmara dos Lordes perceber as frustrações do país, ver a vontade da câmara eleita e atuar rapidamente para aprovar esta legislação para ela ser promulgada e lançarmos os voos", acrescentou. 

Leia Também: Lei para deportar imigrantes para Ruanda sobrevive a revolta

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