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Trump faz 'pausa' na campanha para ir a tribunal esta 3.ª-feira. Porquê?

Em causa estão comentários feitos por Donald Trump em 2019. O ex-presidente dos Estados Unidos poderá testemunhar se quiser, mas foram colocadas algumas restrições.

Trump faz 'pausa' na campanha para ir a tribunal esta 3.ª-feira. Porquê?
Notícias ao Minuto

15:03 - 16/01/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Donald Trump

Um segundo julgamento no caso que envolve o ex-presidente dos Estados Unidos Donaldt Trump e E. Jean Carroll começa a ser julgado, esta terça-feira, em Manhattan, no estado norte-americano de Nova Iorque.

De acordo com as publicações internacionais, o julgamento em causa determinará quanto é que Trump vai pagar a Carrol, na sequência de comentários que fez em 2019, nos quais negou que a tinha agredido sexualmente. Os advogados de E. Jean Carroll pedem dez milhões de dólares, pouco mais de nove milhões de euros.

Este não é o primeiro caso que envolve estas duas pessoas, já que em maio do ano passado Trump foi condenado a pagar cinco milhões de dólares por danos. No âmbito deste mesmo caso, Trump rejeitou as acusações de agressão sexual. Em 2023, os jurados rejeitaram as alegações de Carroll de que foi violada, mas consideraram Trump responsável por agredi-la sexualmente.

De acordo com a CNN, Trump já chegou ao tribunal federal de Manhattan.

Trump considerado responsável por agressão sexual a E. Jean Carroll

Um júri considerou hoje Donald Trump responsável por agressão sexual a E. Jean Carroll em 1996, determinando o pagamento à colunista de 5 milhões de dólares por danos, mas rejeitou as alegações de violação.

Lusa | 20:32 - 09/05/2023

De que é acusado Trump?

E. Jean Carroll escreveu em 2019 um artigo para a revista New York, durante o qual contou que o empresário a tinha atacado numa loja em Nova Iorque, em meados dos anos 90. Segundo o  que alega, os dois caminharam juntos por um departamento de lojas e Trump tê-la-á encurralado num vestuário e a agrediu sexualmente. Terá conseguido escapar e contou logo a história a duas amigas.

Após a história ser publicada, Trump negou várias vezes as acusações de que estava a ser alvo, referindo que estas eram "totalmente falsas" e acrescentando que nunca a tinha conhecido. Em resposta, Carroll processou-o por difamação, ainda em 2019.

Em setembro do ano passado, o juiz responsável pelo caso considerou que o ex-presidente dos EUA era responsável por difamação neste caso. Segundo o responsável, como Carroll conseguiu provar segundo a lei estatal que tinha sido agredida sexualmente, os comentários feitos por Trump, nos quais a chamava de mentirosa, foram considerados difamatórios.

 Trump vai testemunhar? E quais os 'travões'?

O ex-presidente está na lista das defesas e o juiz responsável, Lewis Kaplan, explicou que e se este o quiser fazer, poderá, na próxima segunda-feira, 22 de janeiro, um dia antes das primárias em New Hampshire.

Kaplan colocou ainda um 'travão' à equipa legal de Trump, que não poderá negar que houve uma situação de abuso sexual, nem dizer que acredita que os comentários do ex-presidente sejam verdade. Trump e a sua equipa não poderão também falar sobre relações românticas que Carroll teve no passado.

Para além destas questões, não poderá ainda ser questionada a falta de ADN no caso, nem a questões do financiamento que permitiu a luta legal de Carroll. Reid Hoffman, um empresário assumidamente democrata é o responsável por esta campanha.

A defesa de E. Jean Carroll defenderam que para Trum testemunhar, deveria ser obrigado a declarar sob julgamento que agrediu sexualmente Carroll, assim como a admitir que mentiu.

Já uma das advogadas de Trump, Alina Habba, respondeu que o "presidente Trump não pode nem deve ser obrigado a testemunhar de uma maneira particular".

"Calculamos que este não é um tribunal arbitrário de um país do terceiro mundo, onde uma parte num processo é involuntariamente obrigada a dizer o que o tribunal e a parte contrária querem que ela diga", referiu a responsável.

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