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Kosovo lembra massacre de 1999 e critica Sérvia por não pedir desculpa

Centenas de kosovares reuniram-se hoje para lembrar o 25º aniversário do massacre de 45 pessoas de etnia albanesa pelas forças sérvias, um episódio que provocou uma intervenção internacional para pôr fim à guerra de 1998-99.

Notícias ao Minuto

13:10 - 15/01/24 por Lusa

Mundo Recak

A Presidente do Kosovo, Vjosa Osmani, o primeiro-ministro, Albin Curti, e o líder do Parlamento, Glauk Konjufca, associaram-se aos cidadãos num cemitério em Recak, a 32 quilómetros da capital, Pristina, para a cerimónia de comemoração.

O ex-diplomata dos EUA William Walker - que liderou uma missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) encarregada de supervisionar um acordo de cessar-fogo - também esteve presente.

A utilização do termo "massacre" por Walker, para descrever os acontecimentos em Recak, abriu o caminho para uma campanha de bombardeamentos da NATO, durante 78 dias, contra as forças sérvias, levando ao fim da guerra.

O Governo do então Presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, alegou que os mortos eram membros do rebelde Exército de Libertação do Kosovo que foram mortos em combate com as forças de segurança do Estado.

"Este foi um dos massacres mais horríveis cometidos pelo regime de Milosevic naquela altura, mostrando mais uma vez que a sua intenção era cometer crimes contra a humanidade e genocídio contra o povo do Kosovo", denunciou Osmani.

Na época da guerra, Kosovo era uma província da Sérvia.

A repressão do Governo sérvio aos separatistas de etnia albanesa do Kosovo matou cerca de 13.000 pessoas, a maioria delas de etnia albanesa.

As Nações Unidas governaram a província até 2008, quando o Kosovo declarou a independência - um gesto que o Governo de Belgrado ainda não reconheceu até aos dias de hoje.

Kurti denunciou o Presidente sérvio Aleksandar Vucic por não reconhecer e pedir desculpas pelo massacre de Recak, seja como ministro da Informação de Milosevic ou como atual líder da Sérvia.

Os assassínios em massa em Recak foram os primeiros confirmados através de provas recolhidas por monitores internacionais e divulgadas ao mundo através da cobertura noticiosa internacional, disse Kurti.

As relações entre os dois países vizinhos permanecem tensas e agravam-se pontualmente, como sucedeu em setembro, quando um tiroteio entre cerca de 30 homens armados sérvios e a polícia no norte do Kosovo matou um oficial e três homens armados.

RJP // APN

Lusa/Fim

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