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OMS denuncia "ataques inaceitáveis" contra Crescente Vermelho em Gaza

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou hoje os "ataques inaceitáveis" que o Crescente Vermelho Palestiniano diz ter sofrido nas suas instalações em Khan Younes, na Faixa de Gaza, alvo de bombardeamentos por Israel.

OMS denuncia "ataques inaceitáveis" contra Crescente Vermelho em Gaza
Notícias ao Minuto

23:59 - 02/01/24 por Lusa

Mundo Tedros Adhanom Ghebreyesus

"Deploro os ataques de hoje no Hospital Al-Amal" do Crescente Vermelho. Os bombardeamentos de hoje são inaceitáveis", sublinhou Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa publicação na rede social X.

O ataque danificou gravemente o centro de treino do Crescente Vermelho Palestiniano localizado no complexo hospitalar Al-Amal, na cidade de Khan Younis, gerido por este organismo, de acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"O sistema de saúde de Gaza já está de joelhos, e tanto os profissionais de saúde como os humanitários estão continuamente a ver bloqueados os seus esforços para salvar vidas por causa das hostilidades", acrescentou.

Tedros vincou que responsáveis da OMS e do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) visitaram hoje as instalações, onde "testemunharam grandes danos e deslocamento de civis".

De acordo com o Crescente Vermelho Palestiniano, os ataques mataram pelo menos cinco civis, incluindo uma criança com 5 dias, sublinhou o líder da OMS.

"14 mil pessoas estavam abrigadas no hospital da cidade sitiada de Khan Younis, no sul de Gaza. Muitos destes já partiram e os restantes estão extremamente receosos pela sua segurança e planeiam deixar um lugar para onde recorreram à procura de refúgio e proteção", acrescentou.

Tedros Adhanom Ghebreyesus insistiu novamente num apelo para "um cessar-fogo imediato", que inclua "ações urgentes" para garantir o abastecimento de alimentos, equipamentos médicos, água e outros bens essenciais.

O responsável sublinhou também que "os movimentos da OMS, especialmente no norte de Gaza e cada vez mais no sul", estão a ser "severamente dificultados pela violência contínua dentro de Gaza".

"As nossas operações são ainda mais dificultadas quando parceiros locais essenciais, como o Crescente Vermelho Palestiniano, são eles próprios afetados desnecessariamente pelos ataques", atirou ainda.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro do ano passado, massacrando 1.140 pessoas, na maioria civis e incluindo cerca de 400 militares, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento palestiniano, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local, já foram mortas mais de 22.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 57 mil, na maioria civis.

Leia Também: Hezbollah garante que assassínio de dirigente do Hamas "não ficará impune"

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