Um adolescente de 17 anos matou um amigo e feriu outro com gravidade, no sábado, tendo confessado às autoridades do estado norte-americano do Texas que queria “cometer um homicídio há muito tempo”.
Connor Hilton estaria a mostrar um revólver às duas vítimas, na sua residência em Friendswood, quando atirou contra a cabeça de ambos, segundo a acusação, citada pela ABC News.
Uma terceira pessoa estaria no domicílio no momento do incidente, tendo telefonado ao 911 [equivalente ao 112] a partir de uma casa de banho, onde se escondeu.
Connor foi encontrado “visivelmente perturbado” no exterior da casa, tendo indicado com os dedos que estavam duas pessoas feridas no interior.
Foi aí que um agente localizou Ethan Riley, de 18 anos, e Benjamin Bliek, de 19 anos. As duas vítimas estavam deitadas no chão, com ferimentos de bala, cuja arma estava em cima de uma mesa.
Um outro agente encontrou a pessoa que acionou o 911, que terá ouvido Connor passar pela porta da casa banho a chorar e a questionar-se quanto ao que tinha feito.
As vítimas foram transportadas para uma unidade hospitalar em estado crítico, tendo Ethan sucumbido aos ferimentos no domingo. Benjamin, por seu turno, continua internado com prognóstico reservado.
Depois de libertado sob uma fiança de um milhão de dólares (906.104 euros), Connor foi novamente detido, na segunda-feira, e acusado de homicídio.
O adolescente confessou ter sido o autor dos disparos, ainda que tenha ressalvado que não houve qualquer discussão naquela noite. Admitiu, além disso, que “tinha pensado e queria cometer um homicídio há muito tempo”. De facto, o jovem terá convencido a mãe a comprar-lhe uma arma, que pretendia “usar contra outra pessoa ou contra si mesmo”.
Já a advogada de Connor, Jennifer Carpenter, adiantou à ABC News que a mãe do adolescente não lhe comprou uma arma, tendo expressado, em nome da família, “as mais profundas condolências”.
A advogada apresentou ainda uma moção para a realização de uma audiência, com o objetivo de determinar se as declarações do jovem podem ser admissíveis em tribunal, uma vez que, na sua ótica, não foram feitas em conformidade com a lei daquele estado.
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