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Jovens médicos de Inglaterra iniciam greve de três dias (até sábado)
A greve acontece no âmbito de uma longa disputa com o governo britânico sobre aumentos salariais da classe médica.
© Reuters
Mundo NHS
Os jovens médicos de Inglaterra iniciaram esta quarta-feira uma greve de três dias no âmbito de uma longa disputa com o governo britânico sobre aumentos salariais, numa altura do ano em que o Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) está mais sobrecarregado.
Os pacientes do serviço público de saúde foram avisados de que haverá "perturbações significativas", com milhares de consultas e procedimentos adiados ou até mesmo cancelados, reporta a Associated Press (AP).
A greve teve início às 7 horas da manhã desta quarta-feira e irá prolongar-se até sábado de manhã.
Milhares de médicos em formação, que constituem cerca de metade do trabalho médico do NHS, também vão fazer uma paralisação durante um período de seis dias no início do próximo ano. Esta será a mais longa greve nos 75 anos de história do serviço de saúde.
Entre as reivindicações, os jovens médicos pretendem um aumento salarial de 35%, com o Governo a oferecer um aumento médio de 8,8%.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, indicou que não serão oferecidos mais aumentos.
Os dirigentes do NHS manifestaram-se "desapontados" com o fracasso das conversações entre a Associação Médica Britânica e o Governo, afirmando que a nova ronda de greves surgiu na "pior altura possível" para o serviço de saúde, avança ainda a AP.
"Esta é a pior altura do ano para nós, em que começamos a ver as pressões de inverno que há sempre na época festiva, com os casos de gripe e de Covid-19 a aumentar. Por isso, não há dúvida de que este vai ser um período difícil e vamos assistir a mais perturbações", afirmou Stephen Powis, diretor médico nacional do NHS em Inglaterra.
Durante a greve, os hospitais vão prestar cuidados mínimos, em que apenas estão disponíveis procedimentos de emergência. As consultas ou procedimentos de rotina vão ser adiados ou cancelados.
Até agora, as greves no NHS, que começaram no ano passado, afetaram mais de um milhão de consultas e procedimentos, com um custo de cerca de 2.000 milhões de libras (o equivalente a 2.310 mil milhões de euros).
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