Salmão do Atlântico e tartaruga-verde são espécies ameaçadas, diz IUCN

O salmão do Atlântico e a tartaruga-verde integram a nova Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) que foi hoje divulgada na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28).

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Lusa
11/12/2023 17:36 ‧ 11/12/2023 por Lusa

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COP28

A lista, que mede o risco de extinção das espécies animais e vegetais, integra agora 157.190 espécies, incluindo 44.016 ameaçadas de extinção à escala global.

O inventário reflete as consequências do aquecimento global na biodiversidade em todo o mundo, mas também os efeitos dos esforços para proteger as espécies.

O salmão do Atlântico, que era classificado como "pouco preocupante" em termos de conservação da espécie, é agora considerado "quase ameaçado".

Devido, em particular, à escassez do seu alimento ligada às alterações climáticas e às consequências das atividades humanas, a população de salmão do Atlântico diminuiu 23% entre 2006 e 2020 à escala mundial.

A nova lista apresentada na COP28, a decorrer no Dubai, Emirados Árabes Unidos, classifica as tartarugas-verdes do centro-sul e do leste do Oceano Pacífico como "ameaçadas" e "vulneráveis", respetivamente, uma consequência do aquecimento global e da captura acidental durante a pesca.

Em relação às plantas, o mogno-de-folha-grande, usado para fazer móveis ou instrumentos musicais, por exemplo, passa de "vulnerável" a "ameaçado de extinção".

A sua população na América Central e Latina diminuiu pelo menos 60% nos últimos 180 anos, segundo a IUCN, como resultado de métodos agrícolas insustentáveis e do crescimento urbano, bem como de terras agrícolas que vão ocupando as florestas tropicais.

Ao contrário, duas espécies de antílope apresentam uma situação melhor na lista atualizada.

O órix-de-cimitarra é agora classificado como "ameaçado" graças aos esforços feitos para a sua conservação através da reintrodução da espécie no Chade, após a sua extinção na natureza no final da década de 1990, congratula-se a UICN, acrescentando, no entanto, que a sua sobrevivência "depende da proteção contínua contra a caça furtiva".

Os antílopes Saiga, existentes principalmente no Cazaquistão, já não estão "criticamente ameaçados", sendo considerados "quase ameaçados". A sua população neste país da Ásia Central aumentou 1.100% entre 2015 e 2022.

A COP28 começou a 30 de novembro e decorre até terça-feira.

Leia Também: Uma em cada três populações de aves ameaçada de extinção

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