"Apoiamos os civis, não o Hamas" ou "Solidariedade com o povo de Gaza" foram algumas das palavras de ordem entoadas pelas cerca de 1.800 pessoas que participaram na manifestação que decorreu hoje em Paris, além de outras cidades francesas.
De acordo com a AFP, os manifestantes pediram o "fim imediato dos bombardeamentos" e criticaram Israel por "assassinar as crianças da Palestina", no seguimento dos bombardeamentos que têm sido lançados sobre Gaza, depois de o Hamas ter lançado um ataque militar inédito sobre Israel.
"Imaginar os nossos colegas a trabalhar sem água, sem eletricidade, a amputar sem analgésicos sob os bombardeamentos, com soldados armados a entrar nas áreas de cuidados de saúde é revoltante", disse Nora, que deu apenas o seu primeiro nome e é membro do coletivo 'Carers for Gaza', citada pela AFP.
Para o membro da direção do Novo Partido Anticapitalista (NPA), uma das organizações que convocou a manifestação, esta não é a altura de parar com as demonstrações de apoio ao povo de Gaza.
"Não é numa altura em que Israel intensifica os bombardeamentos e o massacre da população de Gaza que devemos (parar) as iniciativas de rua", disse Gaël Quirante, acrescentando: "Pelo contrário, devemos continuar a denunciar o manto de chumbo do Estado de Israel e a confusão que levou algumas pessoas a equiparar o apoio ao povo de Gaza ao antissemitismo".
Em Estrasburgo, no leste da França, 400 pessoas marcharam, segundo a autarquia, e em Marselha, no sul, havia cerca de 500 manifestantes, de acordo com a polícia.
Desde o início do conflito, pelo menos 17.620 pessoas foram mortas e 46.739 feridas em Gaza, segundo as autoridades de Gaza.
O ataque do Hamas sem precedentes em solo israelita, em 07 de outubro, matou 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas, desencadeando uma espiral de violência na região.
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