Nauseda, antigo economista e banqueiro de 59 anos, é o chefe de Estado da Lituânia desde 2019 e o anúncio da intenção de concorrer às eleições presidenciais de 2024 foi feito numa conferência de imprensa no Palácio Presidencial, em Vilnius, em que afirmou também estar "determinado e empenhado" em continuar no cargo.
O Presidente da Lituânia é eleito por voto popular, com o limite constitucional de dois mandatos consecutivos no cargo.
"Vou recandidatar-me a Presidente em maio de 2024 e espero que o povo da Lituânia me dê um forte mandato de confiança, como fez em 2019", disse Nauseda.
A principal tarefa do Presidente é supervisionar a política externa e de segurança da Lituânia, incluindo atuar como comandante supremo das forças armadas num país que pertence à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Nauseda, que goza de grande popularidade entre os lituanos, é o principal favorito na votação.
Em 2019, venceu a segunda volta das presidenciais com 66% dos votos, derrotando a principal adversária, Ingrida Simonyte, que se tornou primeira-ministra em 2020 e também anunciou planos para se candidatar à Presidência da Lituânia em 2024.
A Lituânia, uma nação de 2,7 milhões de habitantes que faz fronteira com a Bielorrússia, Letónia, Polónia e Rússia, também realizará eleições gerais em 2024.
O país declarou a independência da União Soviética há mais de 30 anos e tem sido um forte apoiante da Ucrânia.
Nos últimos anos, a Lituânia tem-se tornado um "refúgio" para muitas pessoas, maioritariamente políticos e familiares de dirigentes da oposição, que fugiram de uma repressão autoritária nas vizinhas Bielorrússia e Rússia.
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