Shinji Aoba, de 45 anos, admitiu ser o incendiário na primeira audiência do julgamento em Quioto, no início de setembro. O veredicto está previsto para 25 de janeiro.
"Não pensei que morressem tantas pessoas e agora acho que fui longe demais", disse na altura.
Ele próprio ficou gravemente queimado no incêndio e vai comparecer no julgamento numa cadeira de rodas.
Os advogados declararam-no inocente, argumentando que não tinha "a capacidade de distinguir entre o certo e o errado" devido a problemas psiquiátricos.
No entanto, foi acusado em dezembro de 2020, depois de o Ministério Público o ter considerado "plenamente responsável pelos seus atos" e mentalmente apto para ser julgado.
Shinji Aoba agiu por "vingança baseada num rancor deslocado", segundo a acusação.
Este não tinha qualquer ligação com o estúdio Kyoto Animation (apelidado de "KyoAni"), mas culpou-o pelo roubo de uma ideia para um guião, segundo os meios de comunicação social.
A tragédia do KyoAni, que também deixou feridos cerca de trinta membros do pessoal do estúdio, teve um enorme impacto tanto no Japão como no estrangeiro.
Fundado em 1985 e conhecido pela qualidade da sua produção, o KyoAni continua em atividade, tendo prosseguido as atividades apesar da tragédia.
O tribunal de Quioto não se mostrou imediatamente disponível para confirmar a decisão do Ministério Público, segundo a imprensa local.
Tal como os Estados Unidos, o Japão é um dos poucos países democráticos que ainda permite a pena de morte, executada por enforcamento. A opinião pública japonesa continua a ser maioritariamente favorável, apesar das críticas.
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