De acordo com o relatório anual do IBGE, a percentagem de pessoas em situação de pobreza caiu de 36,7% em 2021 para 31,6% em 2022, enquanto a proporção de pessoas em extrema pobreza diminui de 9,0% para 5,9%.
Apesar da diminuição, num país com cerca de 203 milhões de habitantes 67,8 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza (pessoas que vivem com até 120 euros por mês) e 12,7 milhões em extrema pobreza (pessoas que vivem com até 38 euros por mês).
A situação é mais grave na população mais jovem, já que "em 2022, das pessoas com até 14 anos de idade, 49,1% eram pobres e 10,0%, extremamente pobres", lê-se no comunicado.
Ainda assim, no caso da pobreza extrema, esta é a percentagem mais baixa registada em sete anos.
No relatório indica-se que se vislumbra ainda uma grande diferença de rendimento devido à cor, já que "entre as pessoas de cor ou raça preta ou parda, 40,0% eram pobres em 2022, um patamar duas vezes superior à taxa da população branca (21%)".
Os dados apontam para a recuperação do mercado de trabalho e o efeito benéfico dos programas sociais implementados pelo anterior Governo para combater o impacto da pandemia, sem os quais a pobreza teria sido 12% superior e a extrema pobreza 80% superior, segundo o IBGE.
Esses programas responderam por 20,5% do rendimento das famílias pobres e 67% do rendimento das famílias muito pobres, tendência que veio aumentando desde o início da pandemia, em 2020.
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