Burgum - um governador no seu segundo mandato e um empresário da área da informática -- tinha um fraco nível de reconhecimento público quando, em junho, lançou a sua campanha para as eleições presidenciais de 2024, tomando como bandeiras políticas a energia, a economia e a segurança nacional.
O governador ainda participou nos dois primeiros debates televisivos das eleições primárias do Partido Republicano, cumprindo os requisitos exigidos, incluindo o de financiamento da sua campanha, graças a uma oferta de um cartão de 20 dólares (cerca de 18 euros) para ajudar a compensar a inflação -- o cartão Biden - por troca de um donativo de um dólar.
Burgum não conseguiu qualificar-se para o terceiro debate, depois de não cumprir os requisitos da votação e tudo indicava que não se qualificaria para o quarto debate, que acontece na quarta-feira no Alabama.
O candidato responsabiliza o partido por não poder participar nos debates, alegando que os critérios são demasiado exigentes e "retiram poder aos cidadãos".
Contudo, Burgum também estava a perder intenções de voto nas sondagens, numas primárias republicanas dominadas pelo ex-presidente Donald Trump e em que outros candidatos relevantes foram entretanto desistindo, como o ex-vice-presidente Mike Pence e o senador Tim Scott da Carolina do Sul.
Burgum injetou milhões do seu próprio bolso nesta disputa, mas nunca conseguiu obter um grau de notoriedade suficiente para aspirar a vencer as primárias, apesar da sua vertiginosa afirmação no cenário político norte-americano, quando em 2016 obteve uma surpreendente vitória nas eleições para governador do Dakota do Norte, onde já cumpre um segundo mandato.
Antes de ser governador, Burgum era conhecido como um empresário que liderou a Great Plains Software, uma empresa tecnológica que a Microsoft adquiriu por mais de mil milhões de euros em 2001.
Leia Também: Congresso dos EUA expulsa o polémico legislador Republicano George Santos