"É evidente que queremos que este processo continue a avançar", disse o chefe da diplomacia de Washington aos jornalistas em Telavive, após uma visita a Israel e à Cisjordânia, a poucas horas do fim da trégua entre as partes, às 07:00 locais (05:00 em Lisboa) de sexta-feira, acrescentando: "Queremos um oitavo dia e mais ainda".
Nas suas declarações, Blinken também pediu a Israel que crie zonas seguras para civis no sul e centro da Faixa Gaza, caso Telavive e o Hamas não cheguem a um acordo, que está a ser mediado pelo Qatar, Egito e Estados Unidos, e retomem os confrontos.
"Devem ser implementados planos para a proteção humanitária de civis para minimizar as mortes de palestinianos inocentes", defendeu o secretário de Estado norte-americano, o que significa "tomar medidas mais eficazes para proteger a vida dos civis, incluindo a designação clara e precisa de áreas e locais no sul e centro de Gaza onde possam estar seguros e protegidos da linha de fogo".
O Exército israelita adiantou hoje que mais seis reféns foram libertados pelo movimento islamita palestiniano Hamas e entregues ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Faixa de Gaza.
As forças israelitas tinham divulgado já esta tarde a libertação de dois reféns israelitas pelo Hamas.
Estas libertações ocorrem no âmbito do acordo entre as duas partes que hoje entrou no sétimo dia e que expira na sexta-feira, depois de a trégua entre Israel e o Hamas ter sido prorrogada hoje por 24 horas.
Estas libertações elevam o número de reféns libertados para 102, ou mais de 40% das cerca de 240 pessoas sequestradas na Faixa de Gaza desde o seu rapto no sul de Israel em 07 de outubro, em troca de 210 prisioneiros palestinianos.
Também foram libertados pelo Hamas, fora do âmbito do acordo, 23 tailandeses, um filipino e três russo-israelitas.
O Hamas, grupo considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia, fez mais de duas centenas de reféns em 07 de outubro, quando atacou o sul de Israel e matou mais de 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
O ataque sem precedentes desencadeou uma guerra entre Israel e o Hamas, que provocou mais de 15 mil mortos, de acordo com números divulgados pelo movimento islamita, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.
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