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Kosovo prolonga prazo para minoria sérvia trocar matrículas

O Governo do Kosovo prolongou hoje, por duas semanas, o prazo dado à minoria sérvia que vive no país para trocarem as matrículas sérvias dos seus veículos por matrículas kosovares.

Kosovo prolonga prazo para minoria sérvia trocar matrículas
Notícias ao Minuto

21:54 - 30/11/23 por Lusa

Mundo Kosovo

O prazo terminava na sexta-feira, mas foi adiado para 15 de dezembro.

O programa de alteração de matrículas inclui incentivos financeiros, entre os quais a isenção de impostos e do pagamento do registo. Após 15 de dezembro, as matrículas antigas passam a ser ilegais e os infratores serão multados. Caso não cumpram depois as novas regras, terão os veículos rebocados.

Nos últimos dias, jornalistas da agência Associated Press viram, no norte do Kosovo, dezenas de sérvios em filas para registarem as novas matrículas.

De acordo com as autoridades locais, cerca de três mil, de um total de quatro mil veículos, já alteraram as matrículas sérvias para kosovares.

A Sérvia nunca reconheceu a secessão unilateral do Kosovo -- a sua antiga província do sul e considerada o berço da sua nacionalidade e religião -- proclamada em fevereiro de 2008 na sequência de uma guerra iniciada com uma rebelião armada albanesa em 1997 que provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses, e motivou uma intervenção militar da NATO contra a Sérvia em 1999, à revelia da ONU.

Desde então, a região tem registado conflitos esporádicos entre as duas principais comunidades locais, num país com um terço da superfície do Alentejo e cerca de 1,7 milhões de habitantes, na larga maioria (perto de 90%) de etnia albanesa e religião muçulmana.

O Kosovo independente foi reconhecido por cerca de 100 países, incluindo os Estados Unidos, que mantêm forte influência sobre a liderança kosovar, e a maioria dos Estados-membros da UE, à exceção da Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre.

A Sérvia continua a considerar o Kosovo como parte integrante do seu território e Belgrado beneficia do apoio da Rússia e da China, que à semelhança de dezenas de outros países (incluindo Índia, Brasil, África do Sul ou Indonésia) também não reconheceram a independência do Kosovo.

Os dois países negoceiam a normalização das relações assente num novo plano da UE, apoiado pelos Estados Unidos, com o seu roteiro acordado por Belgrado e Pristina em março passado, mas que o atual aumento da tensão se arrisca a comprometer em definitivo.

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