"A presidente [da Comissão Europeia] Ursula von der Leyen participará [sexta-feira] na Cimeira Mundial de Ação Climática que abre oficialmente a COP28, no Dubai. A UE apelará a todas as partes para que tomem medidas urgentes para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa durante esta década e respeitem os compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris no sentido de limitar o aquecimento global a menos de 2°C e de visar 1,5 °C", indica o executivo comunitário em comunicado.
Na nota, Bruxelas vinca que a COP28 "será um momento para todas as partes analisarem os progressos realizados e as ações necessárias para corrigir o nosso rumo em direção a um clima mais seguro e defender os objetivos do Acordo de Paris".
"A UE incentivará, nomeadamente, todos os parceiros a chegarem a acordo sobre objetivos energéticos mundiais que visem acelerar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis não consumidos, no âmbito de uma maior ambição mundial em matéria de atenuação das alterações climáticas", refere ainda a nota.
Além da líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, deslocam-se à COP28, que decorre no Dubai, o comissário europeu para a Ação Climática, Wopke Hoekstra, que liderará a equipa de negociação da UE no processo formal de tomada de decisões na conferência, incluindo o primeiro balanço global ao abrigo do Acordo de Paris.
Participam ainda o vice-presidente executivo com a pasta do Pacto Ecológico Verde, Maros Sefcovic, a vice-presidente da Demografia, Dubravka Suica, o comissário do Orçamento e Administração, Johannes Hahn, o comissário da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, a comissária da Energia, Kadri Simson, e o comissário do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevicius.
A COP28, onde se espera uma batalha feroz pelo abandono dos combustíveis fósseis e pelo financiamento da transição energética nos países em desenvolvimento, foi hoje inaugurada oficialmente no Dubai.
Representantes de quase 200 países, incluindo Portugal, estão reunidos para duas semanas de negociações presididas pelos Emirados Árabes Unidos.
Esta será a primeira vez, após o Acordo de Paris, em que se irá fazer um balanço global da situação no mundo em termos de mitigação das alterações climáticas
Na COP21 em Paris, em dezembro de 2015, surgiu o chamado Acordo de Paris, no qual a quase totalidade dos países do mundo se comprometeram a limitar o aumento da temperatura média global a dois graus celsius (2ºC) acima dos valores da época pré-industrial, e de preferência não ultrapassar 1,5ºC. Está provado que a temperatura no planeta tem vindo a aumentar e que tal se deve em grande parte à ação humana.
O acordo prevê um mecanismo de compensação de emissões, o mercado de carbono. E prevê que cada país apresente as suas contribuições para baixar as emissões.
Embora não seja ano de revisão das contribuições nacionais a COP é sempre um momento de alguns países anunciarem novas metas, especialmente de redução da produção de energia a partir de combustíveis fósseis.
A adaptação às alterações climáticas, que já existem e que vão continuar mesmo com uma redução da emissão de gases com efeito de estufa, será outro dos temas em debate.
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