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Dez países do norte da Europa vão aumentar presença militar no Báltico

Dez países do norte da Europa membros da Força Expedicionária Conjunta (JEF) divulgaram esta terça-feira que ativaram uma "cláusula de defesa", que prevê o envio de meios militares adicionais para proteger infraestruturas subaquáticas no mar Báltico, após vários incidentes.

Dez países do norte da Europa vão aumentar presença militar no Báltico
Notícias ao Minuto

06:25 - 29/11/23 por Lusa

Mundo Militar

"Isto inclui capacidades marítimas e aéreas que serão implantadas no coração da região JEF, constituindo uma contribuição militar para a proteção de infraestruturas subaquáticas cruciais", frisaram os ministros da defesa dos dez países em comunicado, após uma reunião.

"Esta é a primeira vez que uma cláusula de defesa é ativada pelo JEF", esclareceram, indicando que estas atividades vão arrancar "no início de dezembro".

A JEF é uma coligação de 10 países liderada pelo Reino Unido, que inclui a Dinamarca, Estónia, Finlândia, Islândia, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Noruega e Suécia, associados em torno de questões de defesa operacional no norte da Europa.

O ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, explicou que a ação envolverá "vigilância marítima", com "cerca de vinte navios de guerra" a serem destacados no mar Báltico, mas também em áreas do Atlântico Norte para ter "em conta a situação de segurança e proteger melhor a infraestrutura subaquática essencial".

Jonson frisou, em declarações à estação pública SVT, que se trata de enfrentar "uma situação de segurança muito grave no mundo", e em particular nas regiões vizinhas destes países do norte da Europa.

"Devemos ser capazes de realizar este tipo de operação para defender a nossa infraestrutura vital, mas também para enviar um sinal à Rússia", acrescentou.

Os países do JEF concordaram em outubro em reforçar a segurança no Báltico depois de um gasoduto submarino finlandês ter sido encerrado devido a uma fuga causada por intervenção "externa".

A polícia finlandesa acabou por estabelecer que os danos foram aparentemente causados pela âncora encontrada no local de um navio mercante chinês que posteriormente deixou a área.

Mas este incidente suscitou especulações após as explosões que afetaram, em setembro de 2022, os dois gasodutos submarinos Nord Stream que transportavam gás russo para a Europa Ocidental, num momento de um impasse com Moscovo sobre a guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Ucrânia e países bálticos boicotam reunião internacional com Rússia

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